Economia
Pedido de recuperação da Estre Ambiental é aceito pela Justiça
O pedido de recuperação judicial da Estre Ambiental, empresa de recolhimento de lixo e resíduos ambientais investigada pela Operação Lava Jato, foi protocolado pela Justiça de São Paulo, nesta terça-feira (28). O pedido é atendido após mais de um ano. As informações são do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo.
Em janeiro do ano passado, na 59ª fase da Operação Lava Jato, denominada Operação Quinto Ano, foram presos Wilson Quintela Filho, ex-presidente de empresas do grupo, e o advogado e ex-diretor do Estre, Mauro de Morais.
À época, o Ministério Público Federal (MPF) afirmou que os executivos estão por trás da negociação de uma propina de R$ 21,1 milhões. As investigações foram baseadas na delação premiada do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado.
De acordo com o procurador da República Roberson Pozzobon, a investigação indica o pagamento de propina recebida pelo Grupo Estre em contratos com a Transpetro para tratamento de resíduos, manutenção de dutos e construção de um estaleiro para produzir embarcações para transporte de etanol no Rio Tietê. A propina era de 3% do valor dos contratos, conforme o MPF.
No esquema, o grupo Estre assinava contratos fictícios com o escritório de advocacia de Morais. Na prática, o escritório fazia a distribuição do dinheiro dividindo a propina em inúmeros depósitos fracionados e cheques de baixo valor, com o objetivo de burlar a fiscalização do Banco Central.
Sergipe
No estado sergipano, a Estre opera o lixo de dois grande municípios: Aracaju e Nossa Senhora do Socorro. A atuação da empresa começou no ano de 2011, com a inauguração de um Centro de Gerenciamento de Resíduos (CGR), localizado em Rosário do Catete.
Desde então, a empresa fechou diversas parcerias e começou a receber o lixo produzido das cidades de Pirambu, Rosário do Catete, Carmópolis, São Cristóvão, Barra dos Coqueiros, Siriri, Riachuelo, Divina Pastora, shoppings centers, Petrobras, além de algumas indústrias e comércio da região numa média de 400 toneladas por dia.
Aracaju e Nossa Senhora do Socorro, os dois maiores municípios do Estado, fecharam os lixões do Santa Maria e Palestina e passaram a destinar os resíduos de forma correta para a unidade de Transbordo licenciada da Estre.
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