Economia


Petrobras perde R$ 102,5 bi em valor de mercado após intervenção de Bolsonaro, diz site


Publicado 23 de fevereiro de 2021 às 13:32     Por Redação AjuNews     Foto Arquivo / Agência Petrobras

A Petrobras perdeu R$ 102,5 bilhões em valor de mercado após a intervenção do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). As informações foram divulgadas pela Folha de São Paulo, que divulgou a soma total, referente aos R$ 74,246 bilhões perdidos nesta segunda-feira (22), após forte queda de suas ações na Bolsa de Valores brasileira, assim como os R$ 28,209 bilhões de desvalorização na última sexta (19).

De acordo com a publicação, as ações preferenciais, as mais negociadas, da Petrobras fecharam em queda de 21,5%, a R$ 21,45 nesta segunda. Durante o pregão, chegaram a cair 21,7%. Já as ordinárias, com direito a voto, despencaram 20,47%, indo a R$ 21,55.

Esta é a maior queda percentual das ações desde 9 de março de 2020, quando os papéis preferenciais caíram 29,7% com a crise do coronavírus, a pior desvalorização diária da petroleira da história. Com a desvalorização, a capitalização da estatal foi de R$ 354,79 bilhões na sexta para R$ 280,55 bilhões nesta segunda.

Na Bolsa de Nova York, as ADRs (certificados de ações negociados nos Estados Unidos) da Petrobras fecharam em queda de 21%, fechando a US$ 7,94.

Segundo o site, o imbróglio do governo com a Petrobras teve início na noite de quinta (18), quando Bolsonaro afirmou que a fala do presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, de que a ameaça de greve de caminhoneiros não era problema da empresa, teria consequências. Então, a companhia anunciou nova alta no preço do diesel e da gasolina, para acompanhar a valorização do petróleo. E Bolsonaro disse que “não tem quem não ficar chateado com o reajuste”.

As falas de Bolsonaro incomodaram o mercado, que viu uma iminente interferência na empresa. Na noite de sexta-feira (19), por meio de uma publicação em suas redes sociais, Bolsonaro anunciou que o governo havia decidido indicar o general Joaquim Silva e Luna para assumir como conselheiro e presidente da Petrobras após o encerramento do ciclo do atual presidente da companhia.

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