Política


“Prefiro esse imposto de merda”, diz Guedes sobre nova CPMF


Publicado 17 de outubro de 2020 às 09:35     Por Fernanda Souto     Foto Marcelo Casal Jr/ Agência Brasil

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que, enquanto não houver uma solução para criar um imposto sobre transações para desonerar a folha de pagamento e tentar incentivar a geração de empregos, prefere “esse imposto de merda”, falando em relação à CPMF, nesta sexta-feira (16). A informação é do jornal O Estado de São Paulo.

“Estamos subsidiando capital e taxando o trabalho. É inaceitável. Então, enquanto as pessoas não vierem com uma solução melhor, eu prefiro a segunda melhor, que é esse imposto de merd*”, afirmou Guedes em live, em inglês, promovida pela XP Investimentos.

O ministro negou qualquer semelhança com a antiga Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). O tributo era cobrado sobre transações financeiras e existiu até 2007 para cobrir gastos do governo federal com projetos de saúde. “Não é CPMF de jeito nenhum. É digital”, disse.

Ao ser questionado por integrantes da XP Investimentos sobre a preocupação do governo com aumento de demissões, Guedes começou a defender o novo imposto sobre transações financeiras, passado o efeito do programa que permite redução de jornada e salário ou suspensão de contrato para manter os vínculos de emprego.

“Obrigado por dar apoio ao imposto sobre transações”, disse o ministro, afirmando que o novo tributo será a solução para esse problema. “Por que você acha que nós estamos pensando nessa coisa de merd* [o imposto]? Você acha que liberais gostam de criar novos impostos? Não mesmo. Há apenas uma razão pela qual se poderia pensar nisso. É porque existe um pior operando hoje”, afirmou Guedes.



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