Economia


Rombo das contas públicas sobe para R$ 417,2 bilhões no primeiro semestre deste ano


Publicado 30 de julho de 2020 às 16:24     Por Fernanda Souto     Foto Marcello Casal Jr/ Agência Brasil

O rombo das contas públicas brasileiras subiu para R$ 417,2 bilhões no primeiro semestre deste ano, segundo balanço divulgado nesta quinta-feira (30) pelo Tesouro Nacional. O resultado representa 6,7 % do Produto Interno Bruto (PIB) e é o pior para o período da série histórica iniciada há 23 anos.

Esse número é um reflexo da crise do novo coronavírus, que elevou as despesas e diminuiu a arrecadação de impostos e contribuições do governo central no primeiro semestre deste ano, devido ao fechamento de muitas empresas.

O governo reforçou a previsão de que o déficit primário deste ano deve chegar a R$ 787,4 bilhões, o equivalente a 11% do Produto Interno Bruto (PIB). Além disso, o Tesouro declarou que, como as medidas emergenciais foram concentrados em abril, maio e junho, a previsão é de que o efeito negativo seja menos intenso nos próximos meses.

Ainda segundo o Tesouro, foi registrado um acréscimo de 40,3% nas despesas públicas, além de uma redução de 16,5% na receita, entre janeiro e junho deste ano. Ou seja, um aumento de R$ 271 bilhões dos gastos e uma perda de R$ 130 bilhões na arrecadação do governo. De tal forma, o déficit primário chegou a R$ 417,2 bilhões neste ano.

O Secretário do Tesouro Nacional, Bruno Funchal explicou que as ações emergenciais de combate à pandemia são classificadas como despesa obrigatória e, por isso, pressionam o déficit. Ele também garantiu que se não fosse isso, as despesas obrigatórias seguiriam a trajetória suposta para este ano antes da pandemia.

“No acumulado de janeiro a junho, houve um acréscimo de R$ 271 bilhões nas despesas. Mas boa parte disso, diz respeito às medidas de enfrentamento à pandemia”, afirmou Funchal.



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