Política
‘Tudo o que excede R$ 2 não é nossa responsabilidade’, diz Petrobras sobre alta da gasolina
Após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) comentar sobre a alta no preço da gasolina, a Petrobras informou que não haverá mudança na política de preço dos combustíveis da empresa, e que tudo que excede R$ 2 não é de responsabilidade da estatal.
“Entendemos que isso [aumento de preços] está com o governo, Ministério de Minas e Energia, [Ministério da] Economia e com a Casa Civil”, reforçou o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, durante coletiva de imprensa nesta segunda-feira (27).
De acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), divulgado na sexta-feira (24), o preço médio da gasolina subiu no Brasil pela oitava semana seguida nos postos, seguindo acima de R$ 6 por litro. Além disso, o levantamento apontou também que, a alta nos valores do etanol, chegou a R$ 4,715 por litro.
Em uma apresentação, o presidente da estatal exemplificou a composição de preços para a gasolina a R$ 6,10 por litro: R$ 2 por litro vão para a Petrobras, R$ 1,03 por litro vão para custo da mistura do etanol anidro, R$ 0,66 por litro à distribuição e revenda, R$ 0,69 por litro para tributos federais e R$ 1,67 para impostos estaduais.
Segundo o diretor de comercialização e logística da estatal, Claudio Mastella, o mercado internacional está passando por uma alta procura por combustíveis, ao mesmo tempo em que a oferta está reduzida. No entanto, ele afirmou também que a estatal segue observando o mercado para um eventual reajuste.
“Temos tomado muito cuidado para não repassar essa volatilidade para o mercado interno. Temos a perspectiva para o aumento na demanda e, em função disso, estamos olhando com mais cuidado para a possibilidade de reajuste, sim”, disse.
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