Economia


Vendas para o feriado do Dia das Mães deve registrar queda de 90% em Sergipe


Publicado 06 de maio de 2020 às 07:59     Por Larissa Barros     Foto Divulgação / Prefeitura de Aracaju

Com a suspensão da maior parte das atividades comerciais por causa do decreto estadual que proíbe aglomerações para evitar o contágio do novo coronavírus (covid-19), Sergipe deve registrar queda de 90% nas vendas para o feriado do Dia das Mães.

Apesar do cenário, um levantamento feito pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Aracaju (CDL) estima que o gasto médio pretendido com todos os presentes, neste ano, é de R$ 188, o que pode garantir a injeção de até R$ 20,2 bilhões na economia do país.

Ao AjuNews, o presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), José César da Costa, avaliou que a crise financeira causada pela pandemia afetou a renda familiar do brasileiro, e, por isso, deixando o cenário incerto nos próximos meses.

“Quase 4 milhões de trabalhadores já fizeram acordo de redução de jornada e de salários, o que impacta diretamente na renda familiar. O cenário dos próximos meses traz insegurança para a manutenção das empresas e dos postos de trabalho. As pessoas ainda vão tentar presentear as mães, mas o gasto tende a ser menor do que nos anos anteriores”, disse o presidente.

Também procurada pela reportagem, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Sergipe (Fecomércio) informou que a atual situação da atividade econômica no estado é lamentável por causa do grande número de lojas que foram fechadas.

“Infelizmente, nós temos nove em cada dez lojas fechadas em nosso comércio. Então impacta negativamente na vida das pessoas, na vida empresarial e também na movimentação da nossa economia”, disse a entidade.

Ainda de acordo com a Federação, a queda nas vendas presenciais fez com que lojistas e empresários adaptassem o atendimento ao cliente para as redes sociais.

“As lojas estão trabalhando com o que podem fazer, como delivery, vendas pela rede social, marketplace, shopping Aju.com, iniciativa da Fecomércio e até pode por telefone. As empresas estão tentando vender e estão conseguindo”, afirmou.

Apesar da nova modalidade de comércio está se expandido em Sergipe, o órgão destacou que a situação dos comerciantes ainda é preocupante, pois em alguns casos, eles não conseguem sustentar nem 3% das vendas.



Os comentários não representam a opinião do portal; a responsabilidade é do autor da mensagem.
Leia os termos de uso