Educação


Aluno de escola pública em Sergipe é primeiro brasileiro a se tornar assessor de instituto interamericano


Publicado 22 de agosto de 2020 às 12:31     Por Roberta Cesar     Foto Divulgação

O sergipano Vítor Cardoso Alves tornou-se o primeiro jovem brasileiro como membro do Grupo Assessor Regional sobre Participação de Crianças e Adolescentes (GRAPIA) do Instituto Interamericano del Niño, la Niña y Adolescentes (IIN), entidade especializada da Organização dos Estados Americanos (OEA), no Uruguai. Vítor é aluno da rede pública de ensino e estuda no Centro de Excelência Hamilton Alves Rocha, em São Cristóvão, na Grande Aracaju.

O aluno, que já fazia parte do Comitê Nacional de Participação de Adolescentes (CPA), ligado ao Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (CONANDA), no Brasil, quando teve seu mandato encerrado, recebeu o convite da OEA para participar do processo de seleção para compor o grupo 2020-2022.

O jovem contou que a seleção foi um processo bastante específico, no qual passou por várias etapas, como apresentação de documentos relativos às suas atividades desempenhadas, análise da sua trajetória e entrevista com a equipe técnica do Instituto Interamericano del Niño, la Niña y Adolescentes, em que teve que responder a perguntas sobre temas como Direitos Humanos nas esferas nacional e internacional, entre outros.

“Eu sou o primeiro jovem brasileiro a tornar-se assessor do IIN. Então, com isso o Brasil tem muito a ganhar. É importante que a gente tenha essa representação do Brasil, uma vez que o IIN-OEA é um espaço de deliberação de políticas públicas na esfera internacional. A Organização dos Estados Americanos prioriza muito a participação de ativistas pelos Direitos Humanos. Espero contribuir com minha experiência, aprender coisas novas e pautar problemáticas do meu país, buscando ferramentas legais na esfera internacional para solucionarmos cada um dos problemas”, disse.

O estudante afirmou que a rede pública o ajudou a abrir a mente para a temática da Educação por ter uma diversidade de pessoas e de pensamentos. “Comecei a enxergar que a educação vai muito além de uma questão técnica; ela ultrapassa os muros das escolas. Percebi que, por meio da educação, nós podemos transformar a vida. Se hoje eu sou o primeiro jovem assessor da OEA, a educação pública teve uma grande contribuição e me ajudou bastante nisso”, explicou.

O jovem ainda ressaltou que a conquista é uma forma de quebrar paradigmas e motivar outras pessoas. “Isso vai influenciar outros jovens. Se você tem um objetivo, tem que correr atrás dele, independentemente do que as pessoas falem. É preciso acreditar no que o seu potencial pode alcançar”, finalizou.



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