Educação
Em ato, Sintese define como “banho de sangue” retorno às aulas presenciais sem vacina em Sergipe
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica do Estado de Sergipe (Sintese) chamou de “banho de sangue” o retorno às aulas presenciais no estado em meio a pandemia de covid-19 e sem vacinação para os professores e funcionários das escolas. Nesta segunda-feira (10), professores derramaram na entrada da Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura (Seduc) groselha diluída em água para simbolizar o sangue derramado de docentes, estudantes, funcionários de escolas e seus respectivos familiares se as aulas presenciais retornarem nas escolas públicas.
“Um banho de sangue, assim será a realidade das escolas públicas se as aulas presenciais voltarem na atual situação. Essa foi a denúncia feita pelo Sintese no ato realizado em frente à Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura (Seduc) no primeiro dia da greve contra o retorno das aulas presenciais”.
De acordo com o Sintese, os professores das escolas estaduais e das escolas dos 74 municípios filiados ao a entidade iniciaram uma greve nesta segunda (10), após o decreto do governo Estado n° 40.883 do dia 28 de abril, que determina o retorno das aulas presenciais para os estudantes dos primeiros e segundos anos do Ensino Fundamental na rede estadual e liberando as prefeituras para início de quaisquer turmas e anos.
A presidente da entidade, Ivonete Cruz afirmou que “voltar às aulas presenciais sem as mínimas condições é promover um banho de sangue, serão vidas de professores, estudantes, funcionários de escolas e suas famílias sendo ceifadas por uma decisão do governo do Estado e dos prefeitos e prefeitas”.
O Sintese reivindica que o retorno seja mediante as condições: vacinação dos trabalhadores e trabalhadoras da Educação (professores e funcionários de escola), testagem em massa dos estudantes e condições sanitárias das escolas. Qualquer retorno sem que esses fatores sejam considerados é colocar em risco a vida de todas e todos.
“Nossa reivindicação é para que se suspenda o decreto de retorno às aulas e se constitua uma comissão composta por representações do governo, dos trabalhadores da Educação, dos pais, dos estudantes para que juntos possamos avaliar e buscar alternativas para que o retorno às aulas presenciais seja seguro e não uma sentença de morte”, afirmou a presidente do Sintese.
Leia os termos de uso