Educação


MEC pede que UFS esclareça supostas irregularidades na eleição para reitor


Publicado 19 de novembro de 2020 às 19:53     Por Fernanda Souto     Foto Divulgação/ UFS

O Ministério da Educação (MEC) devolveu a lista tríplice com os candidatos para as vagas de reitor e vice-reitor da Universidade Federal de Sergipe (UFS) e cobrou esclarecimento sobre supostas irregularidades no processo eleitoral da instituição, na última segunda-feira (16).

O MEC enviou para o ex-reitor da UFS, Angelo Antoniolli, que cumpriu mandado nesta quarta-feira (16), um ofício informando que a instituição tomou conhecimento de um inquérito civil do Ministério Público Federal (MPF), e cobrou explicações. O documento é uma denúncia de uma suposta irregularidade no processo eleitoral para a escolha do novo reitor e vice-reitor da universidade.

Na denúncia, o MPF questiona o fato da UFS não ter nenhuma norma que regule um processo de eleição remoto e eletrônico para as nomeações. Além disso, o órgão indaga sobre o porquê do uso do sistema SIGEleição da universidade não ter sido deliberado no próprio Colégio Eleitoral ou aprovado pelo Conselho Universitário (Consu) da instituição.

A eleição
Em julho deste ano, a UFS realizou um processo eleitoral marcado por polêmicas e definiu a lista tríplice, encabeçada pelo atual vice-reitor, Valter Joviniano, e pelo professor Rosalvo Ferreira dos Santos. Ambos receberam 37 votos. Para o cargo de reitor, André Maurício Conceição de Souza teve 30 votos; Vera Núbia Santos, 9 votos; Denise Leal Albano, 5 votos; e Valter Cesar Pinheiro, um voto. Para o cargo de vice-reitor, Rozana Rivas de Araújo somou 28 votos; Silvana Aparecida Bretas, 9 votos; José Aderval Aragão, 5 votos; Valter Joviniano, 2 votos; e Vera Núbia um voto.

A eleição de reitor e vice diretamente nos conselhos, sem o voto anterior da comunidade acadêmica, foi alvo de diversos protestos na UFS por destoar de todos os pleitos anteriores desde a redemocratização da universidade. Entidades e candidatos à Reitoria apontavam a mudança nas regras do jogo como um claro favorecimento ao candidato do reitor, até o último dia 18, vice-reitor Valter Joviniano, que acabou por ser o primeiro na lista online elaborada pelo Colégio Eleitoral.

Diversos conselheiros acabaram por não assinar a Ata da Reunião, outro ponto questionado pelo Ministério Público Federal, e alegaram não ter suas questões de ordens atendidas durante a reunião.

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