A quantidade de alunos autodeclarados negros chegou a 47,4% nas universidades federais e teve um crescimento de 192% desde a promulgação da Lei de Cotas, em 2012. Segundo levantamento do portal Metrópoles com informações do Censo da Educação Superior, 58 das 110 instituições sob responsabilidade do Ministério da Educação (MEC) já possuem maioria de alunos negros.

Em relação ao número de alunos por cor de pele autodeclarada em 2019, foram 616.377 brancos, 609.905 pardos e 160.794 pretos. Em comparação a 2012, desde o início da Lei de Cotas, o número de alunos autodeclarados pardos era de 187.846, e de pretos era 74.159.

Houve também uma diminuição notável na quantidade de pessoas que não declaravam ou não tinham informação sobre raça. De 2012 para 2019, esse número saltou de 443 mil para 8,7 mil, caindo de 34,7% para 0,5%. A raça com menos alunos é a indígena, com 14.162 matriculados em universidades federais.

Porém, a Lei que busca combater o racismo estrutural nas universidades (e na sociedade como um todo) não se aplica em mesmo crescimento para professores. Segundo levantamento do Uol no começo de outubro, o número de professores negros subiu apenas 8% nas instituições públicas de 2014 a 2018. Eram 60.194 docentes no ensino superior em 2014, subindo para 65.249 em 2018.

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