Os professores da Universidade Federal de Sergipe (UFS) aprovaram, por ampla maioria, a suspensão do retorno das atividades presenciais ou híbridas na universidade a partir da próxima segunda-feira (31). De acordo com a Associação dos Docentes da Universidade Federal de Sergipe (Adufs), a decisão foi tomada durante Assembleia Geral da categoria, nesta terça-feira (25), devido ao alarmante cenário da covid-19 no estado, no Brasil e no mundo.

Segundo a Adufs, a aprovação acontece em rejeição à Portaria 1446, do Gabinete da Reitoria. Na decisão, os professores posicionaram-se ainda favoráveis à retomada do ensino remoto.

“Como garantir proteção à saúde, por exemplo, no deslocamento entre as residências e a universidade? Como se proteger em ônibus superlotados, quando não se sabe quem ali está vacinado? Como ter segurança sanitária em salas de aula com ventilação inadequada?”, questiona a Adufs.

“Não há dúvidas de que estamos cansados do ensino remoto. Não apenas nós professores, mas também os estudantes. Sabemos que há diferenças substanciais entre as atividades presenciais e remotas, mas compreendemos que o fundamental, e sempre prioritário, é a defesa da vida. Por isso, e entendendo os alertas da ciência, o mais cuidadoso é não termos atividade presencial neste momento”, disse Romero Venâncio, professor da UFS e presidente da Adufs.

A Adufs cita ainda que os professores têm como base dados e evidências atuais da circulação do coronavírus em Sergipe. “Um indicador neste sentido foi apresentado durante a Assembleia: de 239 testes antígeno realizados na última segunda-feira (24), no Centro de Aracaju, 43% tiveram resultado positivo para a covid-19”, alerta associação.

Os professores também cobram condições efetivas de segurança sanitária à Reitoria da universidade.

Atos dos Estudantes
Já os estudantes da Universidade Federal de Sergipe (UFS) estão organizando uma manifestação para defender o retorno das aulas em ensino híbrido ou presencial na instituição, marcadas para a próxima segunda-feira (31). Segundo uma das organizadoras do ato, cada campus deve realizar o protesto no mesmo dia e horário, que ainda não foram definidos.

Os universitários são contra a permanência das aulas no modelo de ensino remoto, adotado pela instituição por dois anos devido à pandemia da covid-19.

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