A manutenção da provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) mesmo diante da pandemia do novo coronavírus (covid-19), e consequente suspensão de aulas há mais de um mês, tem gerado embates em diversas esferas da sociedade. Em relatório, o Tribunal de Contas da União (TCU) aponta que manutenção do exame para o mês de novembro deste ano pode prejudicar uma parcela de estudantes. As informações são da colunista do site Uol, Ana Carla Bermúdez, publicadas nesta terça-feira (5).

“Há o risco de que a manutenção das datas previstas para o Enem 2020 coloque os alunos do ensino médio das mais diversas regiões do país em situação de desigualdade provocada pelo período de suspensão das aulas durante a pandemia de covid-19”, diz trecho do documento.

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, utilizou o Twitter, nesta segunda-feira (4), para contestar adiamento das provas. “Politicos de esquerda querem “adiar” o ENEM, que será lá em NOVEMBRO. Adiar para Março? Abril? Na prática, perde-se o ano. Eles querem é acabar com as expectativas de 5.000.000 de brasileiros. E as eleições municipais de OUTUBRO, com o fundão eleitoral? Vamos cancelar? Aí não!”, disse.

Nesta semana o governo federal começou a veicular na mídia uma peça publicitária sobre período de inscrições que ocorrem entre os dias 11 e 22 de maio. Com frases como “a vida não pode parar”, “as provas serão no final do ano. Até lá, estude” e que alunos estudem “de qualquer lugar, de diferentes formas”, a campanha gerou críticas por parte de entidades estudantis.

Secretários de educação defendem ser necessário aguardar a volta das aulas em todo o país para definir o calendário das provas. Outro argumento é que muitos alunos não têm acesso a aulas a distância para estudar para o exame. Por enquanto, provas do Enem continuam mantidas para os dias 1º e 8 de novembro. Neste ano, há a introdução do formato digital e deve acontecer nos dias 22 e 29 de novembro.

Leia mais

Realização do Enem em 2020 está garantida, diz ministro

AGU garante calendário de provas do Enem