A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) corre o risco de fechar as portas em julho por falta de verbas. A declaração foi feita pela reitora da instituição, Denise Pires de Carvalho, ao jornal O Globo. Segundo ela, os cortes nos orçamentos podem inviabilizar o pagamento de diversos serviços.

Ainda de acordo com a reitora, entre os serviços afetados, estão as pesquisas de duas vacinas nacionais contra a covid-19 que estão sendo feitas em laboratórios da UFRJ. Ao jornal, ela afirmou que os estudos se encontram em testes pré-clínicos.

“Com o que temos disponível para gastos discricionários hoje, a UFRJ para de funcionar em julho. As aulas só continuam porque estão remotas. Mas todos os serviços da universidade, como os hospitais e as pesquisas, incluindo o desenvolvimento de uma vacina de Covid-19, serão interrompidos”, afirmou.

Segundo o jornal, desde 2013, o orçamento das universidades vem sendo cortado. O orçamento discricionário aprovado pela Lei Orçamentária para a UFRJ em 2021 é 38% do empenhado em 2012. Dados do Orçamento deste ano apontam que estão disponíveis R$ 2,5 bilhões para as 69 universidades federais, que atualmente atendem 1,3 milhão de estudantes. O valor é quase o mesmo de 2004, quando havia 574 mil alunos e 51 instituições.