Política


Após retorno como delegada, Danielle avalia eleições e confirma pretensão de candidatura para 2022


Publicado 10 de dezembro de 2020 às 11:00     Por Fernanda Sales     Foto Divulgação

A delegada Danielle Garcia (Cidadania), que disputou à prefeitura de Aracaju no segundo turno com o prefeito reeleito Edvaldo Nogueira (PDT), falou sobre seu retorno às atividades como delegada e avaliou o resultado das eleições municiais, que segundo ela, foi “muito positiva”. Em entrevista à Fan FM nesta quinta-feira (10), Danielle confirmou que pretende ser candidata em 2022, mas que definirá juntamente com seu grupo a qual cargo disputará o novo pleito.

Sobre a disputa para conquistar a prefeitura de Aracaju, a autoridade policial afirmou que nunca foi política e para quem era desconhecida pelas comunidades periféricas, que a conheciam como delegada, foi um “resultado excelente”. “Alçamos o objetivo. 110 mil votos é muito voto para quem nunca foi político e só tenho a agradecer a confiança dessas pessoas. Então, para mim, foi 100% positivo disputar o pleito”, destacou.

Danielle enfatizou ainda que é muito difícil disputar com prefeito com mandato. “É muito difícil concorrer no pleito quando os políticos que tentam a reeleição se utilizam descaradamente das máquinas públicas. Me recordo diversas vezes a gente passar em alguns lugares com buracos e chamar atenção da falta de estrutura e na semana seguinte a prefeitura ir lá tentar tapar e dar uma maquiagem. A gente sabe que a estrutura é muito maior do que a nossa, mas acho que estamos no caminho certo, formamos um grupo de oposição. A oposição no segundo turno se uniu toda a Edvaldo e ficamos realmente como única oposição”, explicou durante a entrevista, acrescentando que “2022 é logo ali e a gente precisa estar com esse bloco consolidado para ir para o embate mais uma vez”.

A ex-candidata também citou as “contradições” que falavam sobre ela durante a campanha. “No início me colocavam como uma mulher incapaz, depois, no final da campanha, me tornaram uma mulher arrogante, prepotente. É muito difícil lidar com política quando o outro lado tenta dizimar sua reputação, fui comunista, bolsonarista, fui uma mulher que seria mandada por homem, depois virei uma mulher arrogante. Olhe quanta dicotomia numa publicidade direcionada a mim”, citou.

Permanece no Cidadania
Durante a entrevista, a delegada confirmou que irá permanecer no Cidadania para a disputa em 2022, mas que até lá irá continuar fazendo o papel de fiscalizar o poder executivo. “Já temos um grupo montado, com os deputados e os vereadores eleitos, vamos intensificar as atividades de fiscalização. Vamos fiscalizar seja governo ou prefeitura. É interessante que a população também seja fiscalizadora”.

Candidatura para 2022
Sobre a sua candidatura para 2022, Danielle ressaltou que já tem que começar a pensar desde agora. “Já tivemos reunião, mas vamos discutir os cargos. Já digo de antemão que vou continuar na política, pois na política podemos resolver problemas de toda a sociedade. Mas que cargo Danielle vai concorrer? Isso será uma definição do grupo”, disse ela.

Com relação a sua pretensão a algum cargo específico, a delegada falou que ainda não fez avaliação. “A pessoa tem que ter muita responsabilidade para lidar com o executivo, que trabalha com muitos secretários e precisa ter um controle de quem está trabalhando para evitar desvios e corrupção. Continuo achando que a corrupção ainda é um dos grandes problemas. [..] Então no executivo o esforço é muito maior, já o legislativo para mim seria mais fácil por ser da área jurídica. Mas vou encarar como uma missão, o que o grupo entender que caberá melhor para 2022”, completou.

Jackson não merece resposta
Após o resultado das eleições, o ex-governador Jackson Barreto gravou um vídeo para Danielle, afirmando que foram 40 mil votos de diferença e que essa “é a resposta para as agressões” a ele, a Edvaldo e ao governador Belivaldo, destacando que eles não são corruptos. Para Danielle, Jackson não merece resposta e que ele não conseguiu nem eleger o seu candidato a vereador. “Já passou o tempo de Jackson. Nunca me referi que eles são corruptos, a justiça vai dizer se eles são ou não culpados. [..] Tadinho, a gente tem que respeitar o idoso, já passou do tempo, não merece nem resposta”, disse ela.

Retorno como delegada
Danielle também falou sobre o seu retorno ao trabalho como delegada, citando que assim que acabou a eleição, se apresentou e foi lotada na Delegacia Plantonista da 2ª DM. “Este mês de dezembro vou ficar cobrindo férias e afastamento de outros delegados e em janeiro eles me colocam em alguma delegacia definitiva, não sei ainda aonde. Mas qualquer lugar para mim é tranquilo, vai ser bem-vindo para mim, não tem nenhum problema. Sou delegada especial, então tenho que ficar na Grande Aracaju, ou nas delegacias especializadas da capital, depois de um ano em Brasília, eu estou sentindo falta em voltar para a investigação”, concluiu.



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