Eleições


Criminosos proíbem campanhas em áreas do Rio e indicam candidatos para população votar


Publicado 23 de outubro de 2020 às 17:22     Por Larissa Barros     Foto José Cruz / Agência Brasil

Moradores de áreas dominadas pelo crime organizado, do Rio de Janeiro, estariam sendo ameaçadas e proibidas de votar em quem quiserem, nas eleições deste ano. A informação foi divulgada pelo telejornal RJ2, nesta quinta-feira (22).

De acordo com a reportagem, os candidatos que não fecharem acordos ilegais com os bandidos, não podem fazer campanha nas comunidades. Alguns políticos suspeito de fechar acordo com o crime organizado para garantir exclusividade de campanha nos territórios dominados já teriam sido intimados pela Polícia Civil. Entre eles os candidatos à vereador Marcelo Siciliano (PP) e Marcelo Diniz (Solidariedade).

Ainda segundo a reportagem, em nota, Siciliano afirmou que “está nas ruas prestando contas e que não tem nenhum tipo de acordo, que todo lugar que trabalha na cidade tem diversos candidatos”. Já Diniz, disse que “não foi intimado pela polícia para responder sobre esse tema e que as afirmações de privilégios ou proibições não fazem sentido”.

“No caso de comprovado de só ele estar fazendo campanha em área de milícia ou tráfico, as denúncias serão encaminhadas à Draco e eles serão chamados para depor. Se comprovadas as denúncias, mesmo se forem eleitos, poderão ter o mandato cassado “, explicou o secretário.

Dados da Polícia Civil indicam que 672 colégios eleitorais estão em áreas dominadas por traficantes e milicianos, de acordo com a publicação. Nestes locais, há quase 2 milhões de eleitores, e eles acabam sendo transformados em “currais” eleitorais.

Ainda segundo a pesquisa, das 775 mil pessoas ocupadas em setembro, 205 mil eram empregados do setor privado com carteira de trabalho assinada. O número continuou estável em agosto. Já o índice de empregados no setor privado sem carteira de trabalho assinada apresentou estabilidade no mês seguinte e chegou a 126 mil.

Por fim, o IBGE destaca que essas pessoas podem estar em férias, licenças remuneradas ou não, entre outras situações que não descaracterizam a condição de ocupação.



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