Durante a votação do primeiro turno das eleições municipais, eleitores aracajuanos comentaram, em entrevista ao AjuNews, sobre o pleito deste ano e a expectativa sobre os futuros governantes municipais que foram escolhidos neste domingo (15).

À nossa reportagem, o advogado Nilton Vieira Lima, 68 anos, afirmou que as eleições deste ano ocorreram de uma forma mais tranquila por causa da pandemia de covid-19, e que as pessoas demonstraram que estão começando a escolher melhor os candidatos.

“Ela [as eleições] têm demonstrado que as pessoas estão começando a saber escolher seus candidatos. Uma das coisas que tem influenciado bastante, são além do programa eleitoral, principalmente, as principalmente as redes sociais. As pessoas hoje tem como aferir quem é o candidato que deve votar”, afirmou.

De acordo com o jurista, apesar de fazer parte do grupo de risco por causa do novo coronavírus a motivação que ele teve para votar foi ter feito um apanhado de vários candidatos a prefeito e vereadores, e analisado qual seria a melhor opção para a cidade.

“Eu fiz um apanhado de vários candidatos a prefeito e a vereadores e vi o que poderia ser melhor, mais em função, não das promessas, mas ao que eles foram e o que são atualmente. O que eles representam em função das suas afinidades, de sua vida até privada, que é uma vida particular. Você imagine um candidato que se apresenta com uma história bonita, mas é um camarada que já bateu na esposa, maltrata os filhos, não é um bom filho, trata mal aos pais, mas perante a população, perante ao eleitorado ele se apresenta com uma proposta bonita, um discurso belo, e ele é esse cidadão”, explicou.

Para o contador Luiz da Silva Santos, 64 anos, as eleições contaram com boas disputas, no entanto, ele afirma que foi votar para cumprir o seu “dever cívico”, e que prefere os candidatos que já eram conhecidos na capital. Já Maria Leda de Menezes, 61 anos, disse que mesmo sem acompanhar as campanhas eleitorais sempre decidiu votar.

“Estou votando no grupo do qual faço parte. Mas assim, não acompanhei nada. Sinceramente se você perguntar quem são os candidatos eu nem sei. Só sei um que me deram o número, porque faz oito anos que não assisto televisão”, afirmou Maria.

Os jovens também estiveram presentes no momento de votação. Em entrevista às nossa reportagem, a publicitária Lorena Andrade Nobre, 25 anos, destacou que “todo momento de votação é muito importante”, no entanto, existem épocas que o ato de votar é ainda mais necessário. “Acho que estamos vivendo uma delas. Eu sinto que foi uma forma de defesa a tudo que está acontecendo no país”, disse.

O desenvolvedor de software Pablo Siqueira, 31 anos, alegou que a sua maior motivação maior em votar para vereador é poder ter um controle maior sobre o executivo, “independente de ser eleito”.

Por fim, a professora Fabiana de Oliveira Lima, 41 anos, afirmou que apesar de ser de Recife e não votar em Aracaju, percebeu que existe uma polarização na capital sergipana.

“Pelo que pude observar das propostas, um grupo quer uma mudança da forma que o governo vem sendo desenvolvido e um outro grupo entende que o governo atual vai conseguir ainda ampliar mudanças. Enfim, a gente tem uma tendência no país, de maneira geral, a uma eleição ainda polarizada, mas eu entendi que a diferença de 2018 para essa a gente tem observado a polarização um pouco menos forte. Acho que a gente tem uma tendência de caminhada para o centro mesmo. Sair um pouco das polarizações”, explicou Fabiana.

Cobertura jornalística
O AjuNews realiza a cobertura das eleições municipais, em Sergipe, neste domingo (15). A equipe trará as principais informações da capital e do interior do estado. Ao longo do dia, a reportagem acompanha a votação dos prefeituráveis na capital sergipana, acontecimentos importantes que marcam o pleito, cobertura das votações e resultado da apuração no 1º turno (confira acessando aqui).

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