Política
‘Não tem viés político’, afirma ministro da Defesa sobre questionamento a urnas eletrônicas
O ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, afirmou durante a audiência no Senado, nesta quinta-feira (14), que propostas apresentadas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a segurança das urnas não tem viés político. O ministro também afastou a ideia de que militares exerçam o papel de revisores das eleições previstas para o dia 2 de outubro.
“Fomos instados e convidados a participar da Comissão, e a partir do momento que a gente recebe uma missão, vamos até o fim. E o cumprimento dessa missão é entregar as condições de melhoria e transparência. Não tem viés político, não é colocar em xeque ninguém. Não poderíamos deixar de apresentar esse trabalho como a gente está buscando apresentar”, afirmou Nogueira.
A avaliação das Forças Armadas, segundo o ministro, é que se o TSE acatar as sugestões feitas, a tensão entre os militares e a corte seria minimizada. A primeira delas é a realização de um teste de integridade das urnas nas mesmas condições de votação.
Outra sugestão seria a realização do Teste Público de Segurança (TPS) no modelo de urna UE2020, que representa 39% do total de urnas. Por fim, o Ministério da Defesa sugere ao TSE “incentivar a realização de auditoria por outras entidades, principalmente por partidos políticos, conforme prevê a legislação eleitoral”.
“Não temos a intenção de sermos protagonistas do processo eleitoral. E em absoluto não seremos revisores de eleições. Tudo o que temos feito é seguindo rigorosamente as normas do TSE. O protagonista do processo eleitoral é o TSE, é o povo brasileiro”, disse ele na Casa.
O discurso de Nogueira converge para a linha de pensamento do presidente Jair Bolsonaro (PL) que tem levantado com mais intensidade nos últimos meses, sem provas, suspeitas da integridade do processo eleitoral via urna eletrônica. O sistema é utilizado no Brasil desde 1996 sem nenhum episódio comprovado de fraude.
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