Após o comportamento de Fiuk no Big Brother Brasil (BBB21), que já interrompeu as participantes Juliette e Carla Diaz, as historiadoras Laís Roberta e Carol Sondré comentaram as aulas de feminismo que deram ao cantor antes dele entrar no reality show da TV Globo. Segundo Carol, em entrevista ao Universa do Uol, “ele chorava muito nas aulas, e chegou a dizer que não queria ser um Prior na casa”, revela a historiadora, citando o ex-BBB Felipe Prior, que teve atitudes machistas dentro do reality.

“Várias vezes ele ficou constrangido e com cara de choque. Ele foi pego revendo muita coisa que ele nem sabia que era privilégio. Ele chorava muito nas aulas, e chegou a dizer que não queria ser um Prior na casa. Mas não compete a mim falar se era forçado. Ele se mostrou bastante sensibilizado com os conteúdos. Acho que ele foi pego, no mínimo, de surpresa pela quantidade de informações que estava recebendo”, contou a historiadora.

Segundo as historiadores, além de aulas de feminismo, Fiuk recebeu aulas de história afrocentrada e antirracista, aula de body shaming, construção de padrões de beleza e autonomia feminina. Foram nove aulas no total, com duração entre uma hora e uma hora meia no fim de dezembro.

Por conta do comportamento de Fuik, internautas vem reclamando das aulas das historiadoras nas redes sociais. Elas, porém, durante a entrevista ao site, rebateram as críticas. “Não podemos nos responsabilizar sobre como os alunos reproduzem o conhecimento passado. […] Estão falando que nós passamos o ‘script’ pra ele, que nossas aulas eram em vão. Estão me chamando de ‘ensinadora de branco’ enquanto eu sou uma profissional da educação”, relatou Laís Roberta.

O objetivo da produção que as contratou, as duas apontam, era que Fiuk usasse seu privilégio para ser porta-voz de algo que fizesse sentido dentro do programa. “Porque o homem branco, cis e hétero é mais escutado pelas pessoas. O que sai da boca dele é muito mais levado em conta do que sai da boca, por exemplo, da Camilla de Lucas, da Lumena e de outras mulheres que estão ali. Por isso achei que valeria a pena. Mas em nenhum momento nos chamaram para treinar o que ele iria falar no programa. Era para dar uma aula particular”, contou Carol.

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