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‘Não posso idiotizar meu processo para ser o top 50 do Spotify’, diz rapper Rico Dalasam
Após desacordos sobre a autoria da música “Todo Dia” entre o rapper Rico Dalasam e a cantora Pabllo Vittar, o rapper saiu das plataformas digitais em agosto de 2017 ao recorrer na Justiça pelos direitos autorais. Em entrevista, ele contou sobre a prática da ausência nas redes sociais e a disputa judicial envolvendo a autoria da música. A informação foi publicada pela colunista Mônica Bergamo, do jornal de São Paulo, neste sábado (27).
Segundo a publicação, Rico, que é reconhecido como autor da música, entrou com um processo que reivindicava a participação dele como intérprete, apenas Pabllo Vittar era reconhecido assim. No mês de março, após um acordo entre os produtores Rodrigo Gorky e Arthur Gomes, ficou acertado que os três vão receber partes iguais dos direitos da música como autores e intérpretes.
“Eu não estaria fazendo as músicas que estou fazendo hoje se não tivesse vivido essa experiência. Ela serviu para descobrir como tratar arte e negócios”, disse o rapper. Desde o começo do caso, Rico optou pela “prática da ausência”. Suas fotos no Instagram foram excluídas, e ele não lançou mais músicas até maio deste ano.
A reportagem, o cantor revelou que essa decisão foi mais em relação ao desgaste sofrido após adentrar ao cenário musical pop do que com a disputa judicial. “É um lugar com outro relógio, é videoclipe para tudo. Não dá pra você fazer isso sendo o gestor e o provedor [das canções]”, contou.
“[Fazer música popular] é um trabalho cheio de camadas. Quando eu sento pra fazer isso, eu sento como um cientista social, um antropólogo, um geógrafo. Não é pra parecer algo que aconteceu na mesa do bar”, afirma. “Eu não posso idiotizar o meu processo só porque isso vai me pôr no top 200, 50 do Spotify”, completou.
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