Política
Alvo de ataques internos, Aras muda de tom sobre pandemia
Com uma escalada de críticas que partem de dentro do Ministério Público Federal, o procurador-geral da República, Augusto Aras, tem se equilibrado entre a pressão de seus pares para agir contra ações controversas do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e a resposta que tem dado às demandas para não ser acusado de omissão. A informação foi publicada pelo jornal Folha de S.Paulo, nesta quarta-feira (22).
Na segunda-feira (20), Aras pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de inquérito para investigar as manifestações do domingo (19) que pediram intervenção militar, o que foi acatado pelo ministro Alexandre Moraes. A solicitação mira os organizadores dos atos, mas deixa de fora Bolsonaro. Segundo pessoas próximas a Aras, ele não viu no discurso presidencial elementos que pudessem ser questionados como referendo a intervenção militar.
Para uma ala de procuradores, o gesto de ir à manifestação poderia levar o presidente a responder por agir contra políticas de saúde. Mas já houve questionamento interno sobre esse tema quando Bolsonaro foi a outros protestos semanas atrás, e Aras argumentou que o presidente estava exercendo sua liberdade de expressão.
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