O desembargador Eduardo Siqueira, do Tribunal de Justiça de São Paulo, que desrespeitou regras da quarentena e humilhou guardas municipais em Santos (SP), seguirá recebendo mensalmente mesmo após ter sido afastado por decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). De julho de 2019 até agora, ele já recebeu R$ 531,2 mil.

De acordo com números do portal Metrópoles, em um ano, já em rendimentos líquidos após descontos da Previdência, o menor salário dele foi em setembro de 2019, quando recebeu R$ 34.770,97. Já o maior rendimento mensal foi em dezembro do mesmo ano, quando com os descontos, ganhou R$ 44.683,47 no mês.

O CNJ afastou Eduardo Siqueira temporariamente e abriu um processo administrativo contra o magistrado. No último dia 18 de julho, ao ser flagrado nas ruas de Santos sem máscara, ele foi abordado por guardas municipais. Siqueira humilhou um dos guardas, chamando-o de “analfabeto” e rasgando a multa. Ele ainda deu uma “carteirada”, telefonando para o secretário de Segurança Pública de Santos, Sérgio Del Bel.

À época, o desembargador pediu desculpas e disse que havia se exaltado. Mas no dia 6 de agosto, Eduardo novamente foi flagrado andando sem máscara em praia de Santos. Perguntado à época sobre o assunto, ele disse que não dava bola para a situação.

O magistrado aguarda a decisão do CNJ. A punição pode ir de uma advertência até a aposentadoria compulsória, que o deixaria longe do tribunal por três anos.

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