Indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao Superior Tribunal Federal (STF), o desembargador Kassio Marques afirmou durante uma uma reunião virtual com seis senadores, que não queria “fulanizar uma operação ou outra”, ao ser questionado sobre a Operação Lava Jato. As informações foram publicadas pelo O Antagonista, nesta terça-feira (6).

“O que é possível no Brasil, de uma forma democrática, é a construção de um Brasil novo, aparando os excessos. Eu prezo muito pelo sistema de precedentes. Devemos julgar sem olhar a capa do processo, porque aquele julgamento vai servir para os nossos filhos, para os nossos netos”, disse.

Kassio completou dizendo: “midiaticamente, essas operações [ele não cita o nome da Lava Jato] dão muita luz à Polícia Federal, mas elas passam pelo Ministério Público e por uma decisão judicial. Sempre há o crivo judicial que transforma todo esse arcabouço numa ação legítima do Estado, para transformar o nosso Brasil. Acredito que todos nós estamos irmanados nesta corrente de transformar o Brasil”.

Durante o encontro virtual, o desembargador afirmou que tem armas para se proteger, mas que só anda armado quanto está no interior do Piauí. Kassio explicou que tem o certificado de registro de armas para as categorias caçador, atirador e colecionador.

“Tenho arma, sim, mas não ando armado. Uma ou outra vez que eu portei foi quando fiz viagens pelo interior do Piauí, porque nosso estado, poucas sabem, tem uma extensão territorial maior que o estado de São Paulo: é um estado pequeno, ainda em franco desenvolvimento, um estado pobre, mas a extensão é muito grande.”

Ainda na oportunidade, o desembargador destacou que fará “o possível e o impossível para não decepcionar” e agradeceu “o carinho”, “a confiança” e “a forma tão afetuosa” como está sendo tratado pelos senadores.