Política


Fabrício Queiroz confessa “rachadinhas” ao MP do Rio, mas nega envolvimento de Flávio Bolsonaro


Publicado 25 de novembro de 2020 às 10:26     Por Fernanda Sales     Foto Reprodução

O ex-assessor político de Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), Fabrício Queiroz, confessou a prática das conhecidas “rachadinhas” na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) ao Ministério Público do Rio. Em explicação por escrito anexado ao processo que tramita no Tribunal de Justiça (TJ-RJ), ele confessa a corrupção, mas descartou o envolvimento do ex-chefe Flávio Bolsonaro, que na época era deputado estadual (RJ). As informações foram divulgadas pela CNN Brasil.

No documento, Queiroz disse que o acordo teria sido realizado sem a consulta ou consentimento de Flávio Bolsonaro e do seu ex-chefe de gabinete. Ele admite que o acordo era feito com os assessores indicados por ele, que deveriam lhe devolver parte dos vencimentos na Alerj.

Para os promotores do Ministério Público do Rio, segundo a reportagem, essa versão de que Flávio Bolsonaro e o ex-chefe de gabinete não sabiam do esquema das “rachadinhas” é “fantasiosa”, tendo em vista a evolução patrimonial de Flávio e da sua mulher Fernanda Antunes Bolsonaro ao longo de 10 anos.

Outro ponto destacado pelos promotores é a quebra de sigilo bancário de Fabrício Queiroz, que revelou movimentações de R$ 2 milhões de reais, o que seria incompatível com um salário de um ex-policial militar reformado. Segundo o Ministério Público, não é crível que Fabrício tivesse arrecadado milhões, ao longo desses anos na Alerj, sem o conhecimento dos seus superiores.

Em nota, a defesa de Queiroz reafirmou a sua inocência e disse que pretende fazer a impugnação das provas acusatórias e também a produção de contraprovas que vão demonstrar a improcedência das acusações. Já a defesa de Flávio Bolsonaro, afirmou a reportagem que não vai se manifestar porque o processo está sob sigilo.

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