Política


Homem que vendeu loja de chocolates a Flávio Bolsonaro diz ter sido ameaçado após denúncias


Publicado 14 de agosto de 2020 às 13:24     Por Eduardo Costa     Foto Tânia Rêgo/Agência Brasil

O antigo dono da loja de chocolates comprada pelo senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) afirmou ter sido ameaçado ao tentar denunciar um esquema de notas frias. O Jornal Nacional, da TV Globo, revelou que Cristiano Correia Souza e Silva deu a declaração em depoimento ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), na investigação do suposto esquema de “rachadinhas” do gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

Segundo a matéria, Cristiano vendeu a loja para Flávio em 2015. Ele foi informado depois que a loja estaria vendendo produtos abaixo da tabela e reportou a prática à sede da marca de chocolates Kopenhagen. A empresa afirmou ao UOL que multou a loja pela prática.

O empresário afirmou ao MP-RJ que, após as notícias da denúncia, o sócio do senador na loja, Alexandre Ferreira Dias Santini, começou a ameaçar a ele e a sua esposa. Inclusive, de acordo com o depoimento, a mulher de Silva recebeu em 23 de dezembro de 2016 uma mensagem de Santini com uma imagem de pessoas sendo enforcadas.

Cristiano ainda completou que registrou boletim de ocorrência, mas com medo, não avançaram na denúncia. O MP suspeita que parte dos recursos desviados no esquema tenham sido lavados na loja de chocolates administrada por Flávio e Fernanda Bolsonaro (sua esposa).

Em nota publicada pelo UOL, a assessoria de Flávio Bolsonaro se defendeu. “O senador Flávio Bolsonaro esclarece que a alucinação de alguns promotores do Rio em persegui-lo é tão vergonhosa que até perderam prazo para apresentar recursos ao STF e ao STJ de decisão que retirou a investigação da competência deles”, afirmou.

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