Saúde
Hospital Universitário de Lagarto regulariza serviço de anestesiologia
O Ministério Público Federal (MPF-SE) informou, nesta quinta-feira (20), que a Superintendência do Hospital Universitário de Lagarto (HUL) comunicou a assinatura de contrato com empresa especializada na prestação de serviços médicos de anestesiologia para atuar no centro cirúrgico e no apoio diagnóstico e terapêutico. Com o novo contrato, o primeiro plantonista já começou as atividades no hospital na segunda-feira (17).
Desde de julho deste ano, após a procuradora da República Aldirla Albuquerque inspecionar o hospital, tem ocorrido uma série de reuniões no MPF para buscar soluções para a falta de pessoal e a consequente superlotação na unidade. Extrajudicialmente, o MPF reuniu representantes do HUL, das secretarias de saúde do Estado e do Município de Lagarto, do Conselho Regional de Medicina de Sergipe (Cremese), do Conselho Regional de Enfermagem (Coren) para discutir e cobrar providências efetivas a fim de melhorar as condições de atendimento no HUL.
“Para amenizar a situação, como fruto dessas reuniões, o MPF conseguiu articular a contratação de 50 novos profissionais, entre médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, que já estão atuando no Hospital de Lagarto”, explicou a procuradora. Para Aldirla Albuquerque, a ausência de serviço público de atendimento 24 horas ou de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no município de Lagarto tem gerado superlotação no HUL.
“Os atendimentos de baixa complexidade são de atribuição dos municípios. Segundo portaria do Ministério da Saúde, municípios com mais de 90 mil habitantes devem contar com uma UPA, mas não é o que se observa em Lagarto. A cidade tem mais de 100 mil habitantes e para atendimentos de baixa complexidade, a população tem se deslocado ao HUL, por ser a única alternativa no local”, ressaltou.
“Estamos em tratativas com o município de Lagarto porque verificamos que a sobrecarga do Hospital Universitário tem origem na omissão do município em disponibilizar o atendimento primário, que é de sua responsabilidade”, finalizou a procuradora.
Leia os termos de uso