Política
Justiça condena Eduardo Bolsonaro a indenizar repórter após afirmar que ela “tentava seduzir” por informações
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), foi condenado a indenizar a repórter do jornal Folha de São Paulo, a jornalista Patrícia Campos Mello, em R$ 30 mil por danos morais, após afirmar que ela “tentava seduzir” para obter informações.
A decisão foi assinada pelo juiz Luiz Gustavo Esteves, da 11ª Vara Cível de São Paulo, nesta quarta-feira (20). O magistrado determinou ainda, o pagamento de custos processuais e honorários advocatícios no valor de 15% da condenação. Cabe recurso da decisão.
O caso aconteceu em maio do ano passado, quando durante uma transmissão ao vivo, o deputado afirmou que a jornalista “tentava seduzir” para obter informações que fossem prejudiciais ao seu pai.
“Essa Patrícia Campos Mello, que, vale lembrar, tentou seduzir o Hans River. Não venha me dizer que é só homem que assedia mulher não, mulher assedia homem, tá. Tentando fazer uma insinuação sexual para obter uma vantagem, de entrar na casa do Hans River, ter acesso ao laptop dele e tentar ali, achar alguma coisa contra o Jair Bolsonaro, que não achou”, disse Eduardo.
De acordo com a sentença, o juiz afirmou que Eduardo Bolsonaro, “ocupando cargo tal importante no cenário nacional – sendo o deputado mais votado na história do País, conforme declarado na contestação – e sendo filho do atual presidente da República, por óbvio, deve ter maior cautela nas suas manifestações, o que se espera de todos aqueles com algum senso de responsabilidade para com a nação”.
Patrícia já havia apresentado uma ação de indenização por danos morais contra Hans, dono de empresa que atuou na campanha de Bolsonaro, e outras três pessoas que promoveram insultos contra ela a partir da fala do empresário.
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