A ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Maria Claudia Bucchianeri, determinou, neste domingo (28), a remoção das redes sociais de duas publicações com informações falsas sobre o candidato à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A decisão atende pedidos da coligação Brasil da Esperança, que apoia Lula.

Uma das publicações associava Lula ao irmão do homem que esfaqueou o presidente Jair Bolsonaro (PL), Adélio Bispo, durante a campanha do mandatário em 2018. Na outra postagem, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou que o ex-presidente, se eleito, acabaria com serviços de entrega por aplicativo como iFood e Uber.

No primeiro caso, circulou em redes sociais uma foto em que Lula estaria ao lado do irmão de Adélio Bispo. No entanto, o homem em questão é o médico Marcos Heridijanio, que foi candidato a deputado federal pelo PT em 2018.

A ministra deu 24 horas para as plataformas removerem o conteúdo e ordenou que as empresas enviem ao TSE os dados de acesso e os IPs dos responsáveis pelos perfis em que a falsa informação foi publicada. De acordo com Maria Claudia Bucchianeri, é “claríssima a divulgação de fato manifestamente inverídico, com o deliberado propósito de induzir o eleitor a erro e de desconstruir a imagem de determinada candidatura”.

Na segunda decisão, a  ministra determinou que o deputado Eduardo Bolsonaro exclua a publicação em que diz que Lula acabaria com o iFood e a Uber. “Jamais houve qualquer afirmação no sentido de ‘encerramento’ dessas funções ou de proibição do trabalho por aplicativo, mas, apenas, a intenção de revestir tais postos de trabalho de mais direitos e garantias”, entendeu Bucchianeri após analisar a representação da defesa de Lula. Com isso, a ministra destacou haver “grave descontextualização discursiva que subverteu e desvirtuou por completo o conteúdo da mensagem divulgada”. Ela ordenou que Eduardo seja citado para apresentar defesa.

Com informações da Agência Brasil*