O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, foi alvo de uma notícia-crime, nesta terça-feira (27), protocolado na Procuradoria-Geral da República (PGR). A ação foi movida por um grupo de 131 delegados aposentados da Polícia Federal (PF) que pedem uma investigação do ministro por abuso de autoridade.

Uma das motivações para a notícia-crime foi a autorização de Moraes a uma ação policial às vésperas do feriado nacional de 7 de Setembro, Dia da Independência do Brasil, contra um grupo de empresários apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Em matéria divulgada originalmente pelo jornal Metrópole, eles defenderam em um grupo de WhatsApp a implementação de um golpe de Estado, em caso de vitória do ex-presidente Lula (PT) nas eleições deste ano. Entre as medidas determinadas por Alexandre de Moraes estão apreensão de equipamentos eletrônicos e quebra de sigilo bancário dos empresários.

“São inacreditáveis as fundamentações dos argumentos consignados pelo ministro Alexandre de Moraes para enquadrar os oito empresários como sendo líderes de organização criminosa. O desmando jurídico de forma contumaz que vendo sendo praticado pelo ministro causa surpresa e atonia, não só a renomados juristas, mas também a grande parte da nossa população”, complementa o grupo de delegados.

De acordo com as informações do jornal Folha de São Paulo, a PGR informou que o documento endereçado ao procurador-geral da República Augusto Aras já está em tramitação interna na instituição.

Leia mais
TSE proíbe lives de Bolsonaro com propaganda eleitoral no Palácio da Alvorada