Política


Afeganistão: População se pendura em avião na tentativa de deixar o país após volta do Talibã ao poder; veja vídeo


Publicado 16 de agosto de 2021 às 18:16     Por Dhenef Andrade     Foto Reprodução / Redes Sociais / @mortezakazemia

A fuga do presidente do Afeganistão, Ashraf Ghani, diante do avanço das tropas do grupo extremista Talibã para retomada do poder na capital Cabul após 20 anos, aumentou o caos da população local. O anúncio de que o palácio presidencial foi tomado pela organização foi confirmado neste domingo (15).

Ao longo dos últimos dias, tumultos no aeroporto de Cabul deixou mortos e feridos. Em um vídeo que circula nas redes sociais, nesta segunda-feira (16), um avião militar em movimento é cercado por centenas de pessoas que, desesperadas por deixarem o país, se penduram nas asas e laterais da aeronave.

A situação caótica fez com que voos comerciais fossem cancelados, e apenas viagens militares ocorrem no local. A agência de notícias Reuters cita relatos de testemunhas de que cinco pessoas foram mortas, sem dizer se as vítimas foram atingidas por disparos de armas de fogo ou pisoteadas durante a confusão.

O retorno do grupo no controle político do Afeganistão acontece em meio a retirada das tropas norte-americanas do país. Com apenas as forças armadas afegãs como única linha de defesa, o Talibã conseguiu avançar sobre mais regiões até culminar na tomada de poder da capital.

Mais de 60 países pediram, em comunicado oficial, para que estrangeiros e afegãos possam deixar o país. “Devido à deterioração da situação de segurança, nós apoiamos, estamos trabalhando para garantir e pedimos que todas as partes respeitem e facilitem a saída segura e ordenada de estrangeiros e afegãos que desejam deixar o país”, diz o texto divulgado pelo Departamento de Estado norte-americano.

O Brasil não está entre as nações signatárias do documento. A lista inclui, entre outros países, França, Alemanha, Reino Unido, Portugal, Canadá, Japão, Coreia do Sul e Catar. Entre os governos sul-americanos, Chile, Colômbia, Paraguai e Guiana assinam o texto.

Veja vídeo:

 



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