O Brasil vai co-patrocinar uma declaração juntamente com o governo dos Estados Unidos (EUA) em defesa da “família” e da “vida”, num texto com fortes vertentes antiaborto. O evento está previsto para acontecer no dia 22 de outubro, dias antes das eleições norte americanas. As informações foram publicadas pelo colunista Jamil Chade, do jornal Folha de São Paulo, nesta quinta-feira (8).

A ação está sendo interpretada como um sinal do presidente dos EUA, Donald Trump, a ala mais conservadora do governo sobre os esforços da Casa Branca relacionados ao tema e do apoio de outros países. Além do Brasil, patrocinam a declaração países como Hungria, Egito e Indonésia.

Segundo o colunista, a declaração promete focar em quatro pontos de ação em parceria entre os países, são eles: melhor saúde da mulher, preservação da vida humana, fortalecimento da família como unidade fundacional da sociedade, além de proteger a soberania de todos os países na política global.

No texto da declaração, os países, ao assinarem a proposta, frisam que “em nenhum caso o aborto deve ser promovido como método de planejamento familiar ” e que “quaisquer medidas ou mudanças relacionadas ao aborto dentro do sistema de saúde só podem ser determinadas em nível nacional ou local de acordo com o processo legislativo nacional”.

Em um outro trecho, os governos “expressam a prioridade essencial de proteger o direito à vida, comprometendo-nos a esforços coordenados em fóruns multilaterais”. Com isso, os países se comprometem em agir na Organização das Nações Unidas (ONU), na Organização Mundial da Saúde (OMS), bem como outras entidades para estabelecer essa medida como princípio.