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Crise humanitária causada pela pandemia pode afetar até 235 milhões de pessoas no mundo
O ano de 2021 deve trazer consigo os impactos sociais e a crise humanitária causados pela pandemia do novo coronavírus. A Organização das Nações Unidas (ONU) acredita que há um risco real de que a vacina contra a doença chegue apenas para parcelas mais ricas do planeta, e que áreas mais pobres esperem meses para serem imunizados. Com isso, a crise social poderia atingir até 235 milhões de pessoas. A informação é do colunista Jamil Chade, no portal Uol.
A ONU estaria bolando uma operação de US$ 35 bilhões para socorrer países que podem sair destruídos desta situação. Segundo o secretário-geral da entidade, Antônio Guterres, “conflitos, mudanças climáticas e a covid-19 geraram o maior desafio humanitário desde a Segunda Guerra Mundial”.
Segundo os dados da ONU, o número de afetados por crises humanitárias é 40% maior que o de 2020. Um total de 56 países deve precisar de ajuda internacional, inclusive o Brasil. A ONU afirma inclusive que as vidas das pessoas em todo o mundo foram afetadas, e que “se todos aqueles que precisarem de ajuda humanitária no próximo ano vivessem num país, seria a quinta maior nação do mundo, com uma população de 235 milhões de habitantes”.
A América do Sul é um foco da comunidade internacional, pelos efeitos agravantes causados por conta da pandemia. A ONU prevê que 231 milhões de habitantes na América Latina estarão na pobreza no início de 2021, pior número desde 2005. Enquanto isso, segundo o chefe humanitário da ONU, Mark Lowcock, “o mundo rico pode agora ver a luz ao fundo do túnel”.
Um dos aspectos mais preocupantes é a fome. Além disso, conflitos políticos intensos e mudanças climáticas são outros pesos negativos. Sobre a fome, a ONU destaca que “até ao final de 2020, o número de pessoas em situação de insegurança alimentar aguda poderá ser de 270 milhões. Os impactos da pandemia e das alterações climáticas estão afetando seriamente os sistemas alimentares em todo o mundo”.
A grande questão para lidar com isso é a falta de recursos gerada pela crise. Segundo Jamil Chade, doadores internacionais já repassaram US$ 17 bilhões à ONU. Mas com o aumento das necessidades, o valor é menor que a metade do pedido pelas organizações parceiras.
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