Aviões de guerra chineses voaram, nesta terça-feira (2), perto da linha mediana que divide o Estreito de Taiwan. À agência Reuters, uma fonte ainda informou que navios de guerra do país navegam pela região desde a segunda (1).

O clima de tensão acontece após a China se posicionar contra a visita da presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, a Taiwan. O governo chinês alertou repetidamente contra a ida de Pelosi à Ilha, enquanto que os Estados Unidos disseram que não seriam intimidados pela “ameaça de guerra” chinesa.

“Vou deixar isso claro: se alguém ousar separar Taiwan da China, não hesitaremos em lutar. Vamos lutar a todo custo e vamos lutar até o fim. Esta é a única opção para a China”, disse o ministro chinês durante o Diálogo Shangri-la, uma cúpula de segurança asiática realizada em Singapura.

De acordo com a Reuters, a fonte afirmou que tanto os navios de guerra quanto as aeronaves chinesas “comprimiam” a linha mediana com um movimento incomum que a pessoa descreveu como “muito provocativo”. A aeronave chinesa teria realizado movimentos táticos de “tocar” brevemente a linha mediana e circular de volta para o outro lado do estreito na manhã desta terça (2), enquanto aeronaves taiwanesas estavam de prontidão nas proximidades.

O Ministério da Defesa de Taiwan disse em comunicado que tem total conhecimento das atividades militares perto da Ilha e enviará forças apropriadamente em reação a “ameaças inimigas”.

Taiwan, que se considera uma nação soberana, é historicamente reivindicada pela China. Já a China a considera uma província “rebelde”. No entanto, a ilha tem os Estados Unidos como seu maior aliado. Inclusive, uma lei americana determina que os norte-americanos ajudem a ilha a se defender em uma possível guerra.