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Governo libanês determina prisão domiciliar para autoridades do porto onde ocorreu explosão


Publicado 05 de agosto de 2020 às 17:00     Por Fernanda Souto     Foto Reprodução/ Twitter

O governo libanês determinou, nesta quarta-feira (5), a prisão domiciliar das autoridades responsáveis pelo trabalho de armazenamento e segurança do porto de Beirute, local onde ocorreu a megaexplosão nesta terça-feira (4), de acordo com a agência Reuters. Ainda não se sabe quantas pessoas serão presas.

A suspeita é de que a falta de cuidado dessas autoridades contribuiu para a megaexplosão que até agora matou ao menos 135 e feriu mais de 5.000 pessoas. Este número de vítimas deve aumentar, já que as buscas ainda estão sendo feitas em meio aos escombros e pelas suspeitas de que corpos foram lançados ao mar.

O governo atribuiu a tragédia ao armazenamento incorreto de 2.750 toneladas de nitrato de amônio que possui alto poder explosivo quando exposto a temperaturas acima de 300 graus. Porém, ainda não se sabe o que teria causado a explosão, e se foi um ato intencional ou um acidente.

O material estava armazenado em um galpão no porto há mais de seis anos, desde 2013, segundo dados oficiais obtidos pela Al Jazeera. Seu destino seria da Geórgia à Moçambique. Mas, a embarcação teve problemas técnicos e parou em Beirute.

As autoridades libanesas impediram o navio de seguir viagem por estar avariado. Assim, os tripulantes abandonaram o barco e foram depois repatriados. Todos eles deixaram o navio com medo de que houvesse uma explosão a bordo, visto o alto risco que oferecia.

O presidente do Líbano, Michel Aoun, disse estar empenhado a investigar e revelar o que aconteceu o mais breve possível. O governo também anunciou que Beirute ficará em estado de emergência por no mínimo duas semanas.

Cerca de 300 mil pessoas ficaram desabrigadas após a explosão. Segundo o governador Marwan Abboud, o prejuízo pode ser mais que US$ 5 bilhões (R$ 26,4 bilhões).

Países como Brasil, Estados Unidos, Reino Unido, França e Irã, ofereceram ajuda ao Líbano. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse nesta quarta-feira (5) que o governo brasileiro ajudará os libaneses.

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