Após dois meses se recuperando da covid-19, em um hospital em Seattle, cidade do estado de Whashington, capital dos Estados Unidos, Michael Flor, 70 anos, teve uma despesa de US$ 1 milhão, o equivalente a mais de R$ 5 milhões.

Segundo o jornal Folha de São Paulo, neste domingo (14), o idoso é beneficiário de um seguro de saúde, que deve pagar maior parte da dívida. Ainda há a chance dele ser isento das cobranças pelo fato do tratamento envolver o covid-19, e não outra enfermidade.

Ao todo, Michael passou 62 dias internado, sendo a maioria deles inconsciente, e enfermeiras chegaram a telefonar para a esposa e os dois filhos dele para que se despedissem. Ainda segundo a reportagem, O uso do respirador artificial por 29 dias custou a quantia de US$ 82 mil, ou R$ 414 mil.

Nos dois dias em que seu coração, rins e pulmões estavam falhando e ele estava próximo da morte, a conta se estende por 20 páginas e soma quase US$ 100 mil, mais de meio milhão de reais, sem contar contar o custo com a medicação utilizada
no tratamento.

Com a destinação de mais US$ 100 bilhoões feita pelo Congresso americano, que ajudará hospitais e seguradores a arcarem com custos da pandemia, Michael provavelmente não precisará pagar pelo tratamento.

À reportagem, ele disse se sentir culpado, depois de tudo o que passou, e que a conta deixa esse sentimento mais forte. “Sinto-me culpado por sobreviver. Existe uma sensação de ‘por que eu?’ Por que eu mereço tudo isso?”.

Diferente do Brasil, que possui o maior sistema público de Saúde do mundo, o Sistema Único de Saúde (SUS), americanos precisam pagar pelos tratamentos.