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Missão da ONU acusa Nicolás Maduro de crimes contra a humanidade


Publicado 16 de setembro de 2020 às 16:24     Por Larissa Barros     Foto José Cruz / Agência Brasil

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, foi acusado de cometer “crimes contra a humanidade”, por uma missão indicada pelo Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), nesta quarta-feira (16).

Segundo o relatório da missão, Maduro e seus ministros do Interior e da Defesa “estavam cientes dos crimes”, e os ministros “deram ordens, coordenaram atividades e forneceram recursos para avançar os planos e políticas sob os quais os crimes eram cometidos”.

De acordo a publicação, o Estado venezuelano deve julgar as pessoas responsáveis por execuções extrajudiciais, desaparecimentos forçados, detenções arbitrárias e tortura, e impedir novos atos semelhantes.

A missão investigou 223 casos de crimes, dos quais 48 são analisados em profundidade. Ao todo, a Missão investigou 16 casos de operações policiais, militares ou conjuntas, responsáveis por 53 execuções extrajudiciais. Além disso, ela analisou 2.552 incidentes adicionais envolvendo 5.094 mortes por forças de segurança, embora nem todos tenham sido necessariamente arbitrários.

Ainda segundo o relatório, a milícia chavista Operación de Liberación del Pueblo (OLP), supostamente estabelecida para combater o crime, também foi investigada. Encontraram 140 operações ocorridas entre 2015 e 2017, que resultaram na morte de 413 pessoas, algumas assassinadas por tiro à queima-roupa.

 



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