Política


Na ONU, Bolsonaro afirma que Brasil é ‘vítima’ de ‘brutal campanha de desinformação’ sobre Amazônia e Pantanal


Publicado 22 de setembro de 2020 às 12:39     Por Peu Moraes     Foto Alan Santos / Presidência da República

O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) disse em discurso na Assembleia das Nações Unidas (ONU), que o Brasil é “vítima” de uma campanha “brutal” de desinformação sobre a Amazônia e o Pantanal, nesta terça-feira (22). As informações foram publicadas pelo site G1. O discurso foi apresentado por meio de um vídeo gravado. Por causa da pandemia do novo coronavírus (covid-19), a reunião da ONU neste ano, baseada na sede da entidade em Nova York, é virtual.

De acordo com a reportagem, o chefe do Executivo nacional disse que o Brasil tem a “melhor legislação” sobre o meio ambiente em todo o mundo e que o país respeita as regras de preservação da natureza. Para ele, a riqueza da Amazônia motiva as críticas que o país sofre na área ambiental. Bolsonaro disse que entidades brasileiras e “impatrióticas” se unem a instituições internacionais para prejudicar o país.

“Mesmo assim, somos vítimas de uma das mais brutais campanhas de desinformação sobre a Amazônia e o Pantanal. A Amazônia brasileira é sabidamente riquíssima, isso explica o apoio de instituições internacionais a essa campanha escorada em interesses escusos que se unem a associações brasileiras, aproveitadoras e impatrióticas, com o objetivo de prejudicar o governo e o próprio Brasil”, afirmou Bolsonaro no vídeo.

O discurso de Bolsonaro ocorre na esteira das intensas queimadas que assolaram o Pantanal nas últimas semanas. O bioma teve em setembro o recorde histórico de focos de incêndio para o mês. Na Amazônia, principal alvo de preocupação da comunidade internacional, os alertas de desmatamento subiram 34% de agosto de 2019 a julho de 2020. No discurso, Bolsonaro disse que a floresta amazônica é úmida. Por isso, segundo ele, o fogo não se alastra pelo interior da mata. De acordo com o presidente, os incêndios ocorrem apenas nas bordas da Amazônia e são realizados por “índios” e “caboclos”.

“Nossa floresta é úmida e não permite a propagação do fogo em seu interior. Os incêndios acontecem praticamente, nos mesmos lugares, no entorno leste da Floresta, onde o caboclo e o índio queimam seus roçados em busca de sua sobrevivência, em áreas já desmatadas”, continuou o presidente.



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