Parte da multa paga pelo ex-jogador Ronaldinho Gaúcho e seu irmão Assis para deixarem o Paraguai após serem liberados da prisão será doada à campanha #TodosSomosBianca. A informação é do portal UOL. A ação busca ajudar a criança Bianca Patiño Maiz, de 1 ano e sete meses, que possui atrofia muscular espinhal (AME), uma doença grave e rara que afeta a capacidade de andar, comer e respirar.

Bianca carrega a doença em seu tipo 1, que pode levar até à morte. A multa total é de US$ 200 mil (em reais, R$ 1,1 milhão). A farmacêutica Novartis lançou um remédio que promete curar a AME em crianças de até 2 anos. Porém, o Zolgensma, como se chama o medicamento, é considerado o mais caro do mundo. De acordo com o UOL, ele custa US$ 2,1 milhões, o equivalente a R$ 11,7 milhões atualmente.

Os pais de Bianca, José Patiño e Tania Maíz, lideram uma campanha desde dezembro de 2019 para arrecadarem o valor. Bianca completará 2 anos em dezembro, e o dinheiro precisa ser arrecadado até lá. Até agora, eles conseguiram US$ 655 mil.

“Nunca foi nossa intenção pedir dinheiro ao Ronaldinho, o que queríamos era que ele promovesse em seu Instagram uma plataforma de doação internacional de que a Bianca faz parte”, disse Tania Maíz ao UOL. Mas o contato acabou sendo dificultado com a prisão do ex-jogador.

Segundo a mãe da criança, pessoas que foram visitar Ronaldinho na prisão levaram até ele a história. Ele chegou a doar uma camisa da Seleção Brasileira autografada. A família afirmou ao UOL que o próprio Ronaldinho sugeriu que uma parte da multa fosse encaminhada ao tratamento, com concordância do Ministério Público e da Justiça. A outra parte será usada no combate ao coronavírus.

Ainda falta mais da metade do valor, mas a família carrega esperança de conseguir o dinheiro em tempo hábil. Ao UOL, Tania completa: “A causa da Bianca se tornou de interesse nacional, declarado pela Câmara de Deputados, isso nos ajuda muito. O dinheiro que vem do Ronaldinho ajuda e nos emociona recebê-lo, mas ainda nos falta bastante”.

Procurada pela reportagem, a Novarlis, que comercializa o Zolgensma, disse que negocia com planos de saúde e governos uma facilitação do pagamento, em cinco parcelas de US$ 425 mil.

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