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Pesquisadores do Ceará querem enviar peles de tilápia para tratar vítimas da explosão no Líbano
Pesquisadores do Projeto Pele de Tilápia, da Universidade Federal do Ceará (UFC), estão realizando uma campanha para que as autoridades brasileiras facilitem o envio de 40 mil cm² de pele de tilápia, para ajudar as vítimas da explosão em Beirute, capital do Líbano, nesta terça-feira (4).
Os estudos desenvolvidos pela universidade mostram o benefício do uso da pele de tilápia em queimaduras de 2º e 3º graus e lesões na pele, agindo como um “curativo biológico” no processo de cicatrização e evitando danos como contaminação.
O biólogo e pesquisador do projeto, Felipe Rocha, explica que é preciso haver um acordo entre as autoridades de ambos os países para poder exportar o material. “Como é um material de pesquisa, os ministérios da Saúde dos dois países precisam se contactarem e autorizarem o envio e o uso. Mas a pesquisa já está bem avançada e os resultados de efetividade de efeito já são comprovados e publicados em artigos nacionais e internacionais”, declarou.
De acordo com o pesquisador Carlos Roberto Paier, como o produto ainda é experimental, não há autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
“É preciso ter uma empresa interessada em fazer a transferência da tecnologia. Se a empresa adquirir essa tecnologia e passar a produzir a pele da tilápia industrialmente, o produto poderá ser comercializado e passará a ser fiscalizado pela Anvisa”, explica.
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