Polícia


Agente da PF é demitida por vazar informações a traficantes de drogas


Publicado 08 de outubro de 2020 às 12:00     Por Redação AjuNews     Foto Reprodução / Instagram

A ex-servidora da Polícia Federal (PF) Hélida de Oliveira Vaz, 35 anos, foi demitida da corporação por vazar informações para uma organização criminosa acusada de tráfico internacional de cocaína. Assinada pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, André Luiz de Almeida Mendonça, a portaria foi publicada no Diário Oficial da União (DOU), em 29 de setembro. As informações são do Metrópoles.

Segundo a reportagem, a servidora é moradora de Águas Claras, em Brasília, e teria atuado no esquema realizando pesquisas “encomendadas” por criminosos no sistema da PF.

Desde 2014 no cargo de agente administrativa classe A, com remuneração bruta de R$ 4.768,72 por 40 horas semanais, a ex-servidora havia sido presa em setembro de 2017, no âmbito da Operação Brabo. A mulher ganhou a liberdade após passar pela audiência de custódia no dia seguinte. A decisão foi tomada pela 9ª Vara Criminal de São Paulo.

A reportagem detalha que, atualmente, Hélida mora em Águas Claras e tem uma vida badalada na capital federal. De acordo com colegas da Polícia Federal, é vista com frequência em festas de Brasília e costuma viajar bastante a lazer.

De acordo com o site, o grupo investigado que coordenava o tráfico internacional de cocaína utilizava a cidade de São Paulo como entreposto e o Porto de Santos como principal local de saída da droga. A quadrilha, segundo a PF, foi responsável por traficar mais de seis toneladas de cocaína pura para a Europa durante o período investigado.

Conforme a PF, funcionários do porto facilitavam a entrada da droga que vinha enrolada ao corpo de falsos trabalhadores, mudavam a direção das câmeras de segurança e, até mesmo, liberavam o acesso de veículos ao setor dos contêineres, onde os entorpecentes eram descarregados.

Na ação, a Polícia Federal confiscou mais de 20 motos e carros de luxo na ofensiva. Os automóveis eram de traficantes investigados na Operação Brabo. Entre as apreensões, estão modelos das marcas Porsche, BMW, Mercedes, Audi e Land Rover. Todos foram guardados em um depósito próximo à Polícia Federal de São Paulo.

A Justiça havia ordenado o confisco de mais de 100 veículos e de cerca de 40 imóveis, casas e apartamentos de luxo em São Paulo e na região de Santos.



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