Polícia


Centenas de presos fogem de penitenciária no interior de São Paulo; veja vídeo


Publicado 17 de março de 2020 às 13:32     Por Redação AjuNews     Foto Reprodução / YouTube

Cerca de 577 detentos fugiram do Centro de Progressão Penitenciária (CPP) Dr. Rubens Aleixo Sendin, localizado em Mongaguá, no litoral de São Paulo, nesta segunda-feira (16). Ainda não se sabe como os presos conseguiram escapar, mas eles teriam se rebelado após a suspensão da saída temporária como forma de medida preventiva para conter o avanço do coronavírus.

Em nota, a prefeitura de Mongaguá pediu, nesta terça-feira (17),  que a população evite sair de casa e cancelou as aulas das creches e escolas municipais. Segundo a administração municipal, a medida visa garantir a segurança da população, assim como a dos servidores municipais.

Houve ainda rebeliões em mais quatro presídios do interior de São Paulo: Tremembé, Mirandópolis, Porto Feliz e Sumaré. As ações dos detentos ocorreram após a Corregedoria-Geral da Justiça suspender a saída temporária dos presos em regime semiaberto. A saída estava prevista para ocorrer nesta terça. A suspensão foi definida devido ao temor de que os presos retornassem às prisões com coronavírus e transmitissem a doença aos demais detentos.

Em nota emitida no final da noite de segunda, a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) informou que a situação estava “controlada nos Centros de Progressão Penitenciária de Mongaguá, Tremembé e Porto Feliz, além da ala de semiaberto da Penitenciária II de Mirandópolis, onde houve evasão de presos e ato de insubordinação”. “O Grupo de Intervenção Rápida controlou a situação nos presídios de forma imediata”, diz o comunicado.

A nota informa ainda que “até as 22h30, 174 presos foram recapturados pela Polícia Militar com apoio de agentes de segurança penitenciária. A SAP realiza a contagem para determinar o número exato de fugitivos”.

Em outra nota, divulgada na tarde de segunda, a SAP informou que “a medida [de suspender as saídas temporárias] foi necessária pois o benefício contemplaria mais de 34 mil sentenciados do regime semiaberto que, retornando ao cárcere, teriam elevado potencial para instalar e propagar o coronavírus em uma população vulnerável, gerando riscos à saúde de servidores e de custodiados.”



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