Polícia
Familiares de Adriano da Nóbrega iriam ajudar família de Queiroz em plano de fuga, aponta investigações do MP-RJ
Um encontro entre o advogado do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), Luis Gustavo Botto, familiares do ex-capitão do Bope Adriano Magalhães da Nóbrega, apontado como chefe de uma milícia, e a mulher de Fabricío Queiroz, Márcia Aguiar, que segue foragida, tinha por objetivo a elaboração de um plano de fuga para a família do ex-assessor.
É o que revela o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) em novos fatos sobre as investigações a respeito da relação de Queiroz e da família Bolsonaro com as milícias cariocas. O ex-capitão, acusado de liderar o Escritório do Crime, milícia formada por matadores de aluguel, morreu em fevereiro deste ano, em uma operação policial na Bahia. As circunstâncias de sua morte levantaram a hipótese de queima de arquivo.
Segundo divulgado pelo jornal Folha de São Paulo, nesta segunda-feira (29), as investigações apontam que o ex-assessor do filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), mantém influência sobre um grupo paramilitar de Rio das Pedras, Zona Oeste do Rio de Janeiro.
O MP-RJ ainda aponta que 11 assessores vinculados a Flávio repassaram pelo menos R$ 2 milhões a Queiroz, sendo a maior parte por meio de depósitos em espécie. Com o montante, ele pagou mensalidades escolares e planos de saúde, uma forma de lavar o dinheiro obtido no suposto esquema de rachadinhas, pelo qual o ex-assessor do senador foi preso, no dia 18 de junho.
Outro ponto que liga Queiroz aos Bolsonaro é um cheque de R$ 24 mil recebido por ele da mulher do presidente, Michelle. O chefe do executivo afirma que o valor corresponde a um empréstimo que havia concedido a Queiroz, mas nunca apresentou, no entanto, comprovante dessa transação. Os dois são amigos há mais de 30 anos.
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