A Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Estabilidade para investigar um grupo que pedia intervenção militar e a prisão de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), nas redes sociais, nesta sexta-feira (27).

Foram cumpridos três mandados de busca e apreensão em Brasília, Uberlândia e Taboão da Serra. Um dos alvos é um ex-funcionário do Ministério dos Direitos Humanos, Renan Silva Sena, demitido em 5 de maio após divulgar vídeo com ofensas a autoridades.

A investigação iniciou depois da publicação de um vídeo feito em frente ao prédio do STF, por dois dos investigados, e publicado nas redes sociais, solicitando intervenção militar, afastamento e prisão de nove ministros. Segundo a PF, com o aprofundamento das análises, “foi possível constatar a participação deles em diversos atos do tipo, inclusive com a arrecadação de fundos para financiar o movimento”.

O processo tramita na 15ª Vara Federal de Brasília. Os envolvidos podem responder por crimes previstos na Lei de Segurança Nacional, como fazer, em público, propaganda de processos violentos ou ilegais para alteração da ordem política ou social e distribuição ou redistribuição de fundos destinados a realizar propagandas violentas. As penas para esse tipo de crime variam de um a quatro anos de detenção ou reclusão.