Foram 30 casos de violência doméstica, em Sergipe, entre 21 e 30 de março, durante o período de isolamento social em virtude da pandemia do novo coronavírus. Os dados são do Departamento de Grupos Vulneráveis (DAGV). Ainda de acordo com a Polícia Civil, em relação à violência contra mulheres, crianças e população LGBT, o índice chega aos 73%.

Segundo a delegada Renata Aboim, casos envolvendo violência doméstica podem ser registrados pela Delegacia Virtual. A medida adotada pela Polícia Civil de Sergipe pretende preservar a vida das vítimas e também dos servidores que atuam no DAGV diante da pandemia.

“Quero reafirmar nosso compromisso na proteção aos grupos vulneráveis, principalmente àquelas pessoas que hoje sofrem com a violência em seus lares. Devido a pandemia do Coronavírus, e visando frear sua disseminação, foi ampliada a possibilidade de registros na Delegacia Virtual”, frisou.

Com essa medida, crimes como ameaça e difamação, por exemplo, podem ter o boletim de ocorrência registrado por meio da Delegacia Virtual (clique aqui). Assim, o atendimento presencial, que funciona 24h por dia, está focado nos casos mais graves e que necessitam de Medida Protetiva de Urgência.

A autoridade policial destacou que casos que envolvem feminicídio, tentativa de feminicídio e estupro possuem a obrigatoriedade de registro presencial na unidade policial. “Atualmente, qualquer crime relacionado à violência doméstica pode ser registrado na Delegacia Virtual, com exceção de feminicídio, tentativa de feminicídio e estupro, que devem ser registrados pessoalmente na delegacia responsável”, detalhou.

Serviço
Em nível nacional, as denúncias anônimas podem ser feitas pelos números 180; pelo disque-denúncia da Polícia Civil: 181, e pelo número 100, que atende crimes contra os direitos humanos.

No estado de Sergipe, as pessoas podem fazer denúncias anônimas através dos números: (79) 3205-9400 (DAGV); Central de Monitoramento Eletrônico (Cemep): 3259-1875; Polícia Militar (190); Coordenadoria das Mulheres do Tribunal de Justiça: 3226-3100; Defensoria Pública 9 8867 5370 e 9 8867 5672;Ministério Público Estadual 127 e Coordenadoria da Mulher da Assembleia Legislativa (Alese): (79) 3216-6600.