Polícia


Testemunhas de Jeová são suspeitos de ocultar crimes sexuais


Publicado 06 de março de 2020 às 18:29     Por Redação AjuNews     Foto Reprodução

O Ministério Público de São Paulo está investigando a associação religiosa Testemunhas de Jeová por suspeitas de ocultar casos de abuso sexual, envolvendo crianças e adolescentes em suas congregações. Os casos teriam acontecidos no município de Cesário Lange, em São Paulo. As informações foram publicadas nesta sexta-feira (6) pelo jornal Folha de São Paulo.

Segundo as apurações da Promotoria, a organização teria aconselhado as vítimas a não denunciar os crimes. Por esse motivo, os crimes não estão prescritos. O inquérito foi iniciado em setembro de 2019, e corre em segredo de justiça. A base para o processo é o relato de seis supostas vítimas que dizem ter sofrido abusos sexuais e psicológicos.

No documento enviado à Justiça, a promotora Celeste Leite dos Santos afirma que a associação, quando sabia de algum caso de abuso, alegava que só poderia tomar algum tipo de providência se houvesse a confissão do autor ou se existissem duas testemunhas que presenciaram o crime.

Um dos casos é o de E.G.L.B, de 37 anos, que aos 12 anos, era candidata ao batismo na igreja, e ao ser entrevistada por um ancião (nome dado aos membros experientes com função de supervisionar as congregações), “ele começou a falar sobre sexo”, disse em relatos à promotora. Logo após ele teria levantado e apalpou os seios da menina. “Não precisa ficar com medo de mim, sou como um pai para você. Na sequência abriu o zíper da calça e tirou o pênis”.

A Justiça determinou que operações de busca e apreensão sejam feitas nos 15 endereços da associação, incluindo a sede, localizada em Cesário Lange, em São Paulo.

A entidade alegou à Justiça, que não há nenhuma prova de ilegalidade ou omissão da parte dela. Segundo ela, as provas que foram juntadas no processo indicam que a associação se preocupa em proteger os menores em seu meio.



Os comentários não representam a opinião do portal; a responsabilidade é do autor da mensagem.
Leia os termos de uso