O senador Alessandro Vieira (Cidadania) se manifestou, nesta terça-feira (8), sobre as denúncias sobre a suposta prática de ‘rachadinha’ no gabinete de seu colega de partido, o deputado estadual Samuel Carvalho, na Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese). O delegado afastou a ideia de semelhança entre o caso com o do filho do presidente Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro (PL).

“Samuel é um cidadão que tem sido muito transparente nessa questão, no sentido de prestar informações à imprensa, buscar a Justiça também. A gente está acompanhando isso com muita atenção. E o próprio Samuel Carvalho sabe disso e já manifestou ele mesmo que se tiver qualquer tipo de comprovação ele se desliga”, disse Alessandro em entrevista à Rádio Jornal.

O senador citou uma possível interferência política no caso. “Particularmente chama atenção nesse caso que o advogado que patrocina todo esse movimento seria vinculado ao Padre Inaldo (PP). Isso tem que ser observado com atenção para que não se cometa nenhuma injustiça”, afirmou ele ao citar o prefeito de Nossa Senhora do Socorro.

Vieira disse que Carvalho fez o contrário de Bolsonaro. “Flávio foi para a Justiça tentar se esconder, fazer acordão com os ministros. Samuel veio para botar o seu sigilo à disposição, esclarece informações à imprensa, e isso dá uma credibilidade”.

Entenda o caso
Em outubro, o AjuNews teve acesso com exclusividade ao áudio da denunciante Gildete Dias Menezes, numa conversa que teve com o chefe de gabinete do parlamentar pelo Cidadania, José Carlos Almeida, logo após saber da sua exoneração do cargo de assessor técnico-operacional, que ocupava no gabinete da presidência da Casa Legislativa. Ainda no mesmo mês, Gildete registrou boletins de ocorrência para denunciar a prática de rachadinha no gabinete do parlamentar na Alese.

Na conversa, Gildete Menezes afirma que a esposa de Doutor Samuel Carvalho, Adriana Menezes, ficava com parte significativa do salário pago pela Alese. O chefe de gabinete, José Carlos Almeida também confirma que teve que intervir no pedido de exoneração de outra servidora chamada Maria Alcileide Costa da Silva, conhecida como Leda. “Você sabe, né? É… que ela [Adriana Menezes] pega o dinheiro de todo, né? Rapaz, Leda [Maria Alcileide Costa da Silva], eu falei com Leda agora, ela disse que o motorista vai todo mês “panhar” o dinheiro. Se ela tá com auxílio emergencial?” afirmou Gildete em um dos trechos.

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