Senador pelo Cidadania de Sergipe, Alessandro Vieira subiu o tom ao criticar o governador do Estado, Belivaldo Chagas (PSD), o prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira (PDT), e também o líder da bancada federal de Sergipe, deputado federal Fábio Reis (MDB).

Em entrevista à Rádio Jornal, nesta sexta-feira (11), o parlamentar chamou o grupo de “preguiçoso”. A crítica ocorreu quando o senador avaliava a atuação da bancada sergipana durante a pandemia de covid-19.

“É preguiçosa. Você não consegue fazer uma reunião de trabalho. O coordenador, deputado federal Fábio Reis, é um cidadão lento. O interesse dele, juntamente com o irmão, é fazer política local atrás de eleição. Belivaldo é um governador preguiçoso. Você não teve uma reunião do governador com a bancada federal. O povo morrendo na rua e esse cidadão não teve coragem de fazer uma reunião com a bancada. Esse não quer trabalhar por Sergipe, quer trabalhar pelo interesse dele”, disse o senador.

De acordo com o parlamentar, a gestão do prefeito da capital sergipana tem beneficiado empresários por meio de licitação. Uma das empresas citadas por Alessandro foi a Torre Empreendimentos, que segundo o senador, “manda na prefeitura”. “Edvaldo é o prefeito da Torrre”, disse.

A empresa é investigada pela Operação Babel, deflagrada pela Polícia Civil, que indiciou 14 pessoas, entre elas quatro sócios e um diretor da Torre. A ação policial investigou fraudes no processo licitatório e superfaturamento.

O senador também citou o empresário Teo Santana, irmão do presidente da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), Luiz Roberto. A empresa dele foi vencedora da licitação para construção do Hospital de Campanha de Aracaju, destinado ao tratamento de pacientes com covid-19. A obra custou R$ 3 milhões e foi duramente criticada por ser a única unidade de saúde entre as capitais do Nordeste que não teve leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

“Você vai ver os programas de Edvaldo Nogueira belíssimos, caríssimos, pagos com dinheiro do seu bolso para fingir que Aracaju é uma cidade que não é mais. Aracaju não é mais a cidade da qualidade de vida. Aracaju é a cidade da Torre. O único prefeito que não abriu uma vaga de UTI. E está aberto até hoje esse hospital, gastando dinheiro que vai para o bolso de parceiros, gente investigada por corrupção, fraude em licitação”, acusou.

Novamente questionado se a empresa Torre mandava em Aracaju, Alessandro reafirmou: “Dentre outras. A gente sabe da vinculação dele com a empresa de Téo Santana que está enfiado no Hospital de Campanha. O Ministério Público Federal fez um trabalho corajoso, que o Ministério Público Estadual fechou os olhos”, acrescentou.

O parlamentar também não poupou críticas ao deputado estadual e pré-candidato à prefeitura de Aracaju, Rodrigo Valadares (PTB), alvo de 11 representações na Justiça Eleitoral, todas movidas pelo Cidadania e pela também postulante ao cargo do Executivo Municipal pelo partido, Danielle Garcia, os quais tiveram a maioria dos pedidos atendidos pela Corte Eleitoral.

“Um deputado que em dois anos não teve capacidade de fazer votar e apresentar nenhum projeto. A não ser o do dia do rock, coisa muito importante para Sergipe. Nada. Nenhum trabalho. Eleito com o apoio do PT, no colo do PT, e continua com essa ligação com PT, só que agora escondida. Tentando se passar por uma coisa que não é”, afirmou o senador.

Alessandro acrescentou ainda que não existe motivo para “engolir o personagem criado” pelo deputado. “É fictício, é criado lá na mesa do marqueteiro do governo. Já tem 12 condenações na pré-campanha. É uma derrota atrás da outra. O objetivo é claro. Não é vencer a eleição, é tirar voto do candidato que tem condição de tirar os bandidos do poder que é a pré-candidata Danielle Garcia. E, os bandidos também sabem e estão morrendo de medo, trabalhando com o material que eles vivem, que é a mentira”.