Política
Alessandro Vieira critica corte em recursos da Saúde para bancar Orçamento Secreto
O candidato ao Governo de Sergipe Alessandro Vieira (PSDB) comentou sobre as consequências do Orçamento Secreto na vida da população e como esse escândalo retira recursos de setores essenciais, a exemplo da saúde, para ser distribuído por critérios políticos e interesses pessoais. As declarações, em entrevista à Rádio Xingó, neste sábado (24), voltam a relacionar o adversário Rogério Carvalho (PT) com a aprovação do Orçamento.
“É um mecanismo criado por um grupo político, o Centrão, onde existe a retirada de dinheiro de setores que são essenciais, como educação e saúde, para ser distribuído por critérios políticos, partidários e eleitorais. Políticas públicas importantes, como o programa Farmácia Popular e o programa de controle e prevenção ao câncer terão reduções drásticas de recursos para bancar o Orçamento Secreto”, lamenta.
Mesmo com a alta demanda represada de procedimentos médicos, atendimentos básicos em saúde, consultas, exames e cirurgias, de acordo com a proposta de orçamento de 2023 enviada pelo Ministério da Economia ao Congresso Nacional no fim de agosto, a Saúde deve receber R$ 149,9 bilhões para despesas, menor valor desde 2019. Contrário ao Orçamento Secreto desde sua origem, Vieira ressalta a importância dos sergipanos e sergipanas entenderem a gravidade desse mecanismo, que favorece a corrupção e a falta de assistência à população.
“O escândalo do Orçamento Secreto afeta serviços de saúde e aumenta o sofrimento de quem depende do sistema público. Por isso é importante os sergipanos entenderem a gravidade da situação. O voto decisivo para a existência do Orçamento Secreto foi de Rogério Carvalho. Voto que foi condenado pelo próprio PT e pelo candidato à presidência Lula. Esse voto comprova porque Sergipe vive no atraso. Vivemos no atraso porque há 16 anos, o grupo político do qual Rogério faz parte está no comando do Estado, e só se preocupam com os seus próprios interesses, as necessidades da população são totalmente abandonadas”, afirma Alessandro.
Além da perda de verbas, existe ainda o temor pela perda de qualidade do gasto. Isso porque dos R$ 149,9 bilhões em despesa com Saúde, mínimo exigido pela regra do teto de gastos, o governo considerou que R$ 9,7 bilhões de emendas impositivas, individuais e de bancada, e R$ 9,9 bilhões de emendas de relator-geral, como também é chamado o orçamento secreto.
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