Política


Após acusações, novo ministro da Educação nega plágio e diz que revisará mestrado


Publicado 28 de junho de 2020 às 11:00     Por Larissa Barros     Foto Marcello Casal Jr / Agência Brasil

Após ser acusado de plágio, o novo ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli, negou as acusações de que teria cometido plágio em partes da sua dissertação de mestrado e afirmou que vai revisar o trabalho. A informação foi divulgada pelo jornal folha de São Paulo, neste sábado (28).

De acordo com a reportagem, apesar de ter feito o curso de doutorado, Decotelli não chegou a defender a tese e não obteve o título de doutor. Além disso, ele teria copiado pelo menos quatro trechos de outras dissertações de mestrado e textos acadêmicos na introdução de seu trabalho de mestrado, apresentado em 2008 para a Fundação Getúlio Vargas (FGV) Rio de Janeiro.

Segundo a publicação, os trechos não são colocados entre aspas, e não possui referência ao autor no final da frase. Ao final da o texto, o ministro cita apenas dois dos quatro trabalhos usados.

Em nota, o Ministério da Educação (MEC) chama de “ilações” as afirmações de que o ministro cometeu plágio, e diz que pode ter havido falha técnica ou metodológica.

“O ministro destaca que, caso tenha cometido quaisquer omissões, estas se deveram a falhas técnicas ou metodológicas. Informa também que, ainda assim, por respeito ao direito intelectual dos autores e pesquisadores citados, revisará seu trabalho e que, caso sejam identificadas omissões, procurará viabilizar junto à FGV uma solução para promover as devidas correções”, diz o texto.

Ainda segundo o MEC, Decotelli foi aprovado em todas as disciplinas e que, por compromissos no Brasil e falta de recursos financeiros, o agora ministro precisou retornar ao país sem o título.

“Ao final do curso, apresentou uma tese de doutorado que, após avaliação preliminar pela banca designada, não teve sua defesa autorizada. Seria necessário, então, alterar a tese e submetê-la novamente à banca. Contudo, fruto de compromissos no Brasil e, principalmente, do esgotamento dos recursos financeiros pessoais, o ministro viu-se compelido a tomar a difícil decisão de regressar ao país sem o título de Doutor em Administração”, diz o MEC.

De acordo com a reportagem, depois das acusações o ministro modificou o seu currículo acadêmico e retirou o título de sua tese “Gestão de Riscos na Modelagem dos Preços da Soja” e o nome do orientador Dr. Antonio de Araujo Freitas Jr. No lugar, ele deixou apenas “créditos concluídos” e “ano de obtenção: 2009”.



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