Política


Após chuvas e prejuízos na safra de arroz, associação de produtores diz que principal problema foi “deficiência de colheitadeira”


Publicado 29 de dezembro de 2021 às 14:35     Por Roberta Cesar*     Foto Dhenef Andrade / AjuNews

O gerente executivo da associação de produtores do perímetro irrigado de Betume, em Neópolis, no Baixo São Francisco Sergipano, Genivaldo Souza Rocha, elencou ao AjuNews, nesta quarta-feira (29), os principais motivos que explicam os prejuízos sofridos pelos rizicultores após as fortes chuvas no interior do estado no fim de semana. Para o gestor, o principal motivo foi a deficiência de colheitadeiras.

“Lá [Betume] o principal problema foi a deficiência de colheitadeira; segundo: a deficiência de compradores; terceiro: essa chuva que veio cair esse final de semana que era inesperada, que não é comum para a região; quarto: o aumento na área de plantio, nós tivemos um aumento de produção este ano no Betume, no ano passado, plantamos 689 lotes e esse ano, 713”, afirmou.

A declaração foi feita durante reunião com os prefeitos da região e a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) para discutir ações emergenciais em resposta aos impactos das chuvas na safra de arroz nos projetos de irrigação da região. A associação tem um contrato de sessão com a Codevasf, que administra o perímetro.

Genivaldo também destacou as ações que estão sendo realizadas para prevenir mais prejuízos na região. “Estamos colocando colheitadeira, estamos fazendo limpeza nos coletores, como preventivo, caso venha chover, para que a água não fique represada dentro dos lotes”. Ainda sobre os prejuízos dos produtores, o gerente da associação informou que ainda não tem números concretos, apenas uma estimativa de 23 lotes no setor Betume 2, que foi a área mais afetada.

O perímetro Betume é o maior perímetro irrigado de rizicultura de Sergipe. De acordo com o gerente da associação, foram plantados no Betume 713 lotes, desses já foram colhidos 273 lotes até esta segunda-feira (27) e faltam colher 939, sendo que esse resultado pode ser ainda menor porque pode já ter sido colhido. Genivaldo ainda informou à reportagem que o número de perdas concretas só vai ser obtido a partir de um levantamento até o dia 8 de janeiro.

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Com supervisão de Peu Moraes*



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