Política


Bolsonaro decide exonerar secretário de Cultura após polêmica


Publicado 17 de janeiro de 2020 às 11:58     Por Redação AjuNews     Foto Arquivo/Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) exonerou o secretário de Cultura, Roberto Alvim, nesta sexta-feira (17), após a polêmica referências ao nazismo em vídeo divulgado nas redes sociais. A situação de Alvim ficou “insustentável”. O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, já foi comunicado da decisão.

“Comunico o desligamento de Roberto Alvim da Secretaria de Cultura do Governo. Um pronunciamento infeliz, ainda que tenha se desculpado, tornou insustentável a sua permanência. Reitero nosso repúdio às ideologias totalitárias e genocidas, como o nazismo e o comunismo, bem como qualquer tipo de ilação às mesmas. Manifestamos também nosso total e irrestrito apoio à comunidade judaica, da qual somos amigos e compartilhamos muitos valores em comum”, escreveu o presidente em suas redes sociais.

Uma nota divulgada pela Secretaria de Comunicação da Presidência de República destacou que “um pronunciamento infeliz, ainda que tenha se desculpado, tornou insustentável a sua permanência”.

O agora ex-secretário postou um vídeo copiando trechos do discurso de Joseph Goebbels, ministro da Propaganda na Alemanha Nazista. No vídeo postado nas redes oficiais da Secretaria de Cultura, Alvim fala: “A arte brasileira da próxima década será heroica e será nacional. Será dotada de grande capacidade de envolvimento emocional e será igualmente imperativa, posto que profundamente vinculada às aspirações urgentes de nosso povo, ou então não será nada”.

O discurso de Alvim veio acompanhado de um tom ameaçador junto de uma trilha sonora misteriosa. Atrás do secretário tinha uma foto de Jair Bolsonaro e ao seu lado uma bandeira do Brasil junto com uma cruz. Isso fez com que, nas redes sociais, as pessoas comparassem o vídeo com pronunciamentos nazistas e o nome de Goebbels se tornou um dos assuntos mais comentados desta madrugada. Uma das referências no vídeo é a música de fundo, que veio da ópera “Lohengrin”, de Richard Wagner, uma obra que Hitler contou em sua autobiografia ter sido decisiva em sua vida.



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